Poemas : 

«« O poema irado ««

 
O poema estatelou-se no chão árido
Vociferaram as visaras em prantos
Os dedos apontaram, eram tantos
Os pontos apontados, um mísero fado

Foi o que sobrou do poema irado
Porque o corpo tombou nos flancos
De um pedaço de papel, nos ventos
Que uivaram, logo apareceu vincado

O riso mordaz que não entendeu
O poema, irado olhou de desdém
O riso mordaz, afinal serás camafeu

Gravado no dedo que se perdeu além
Apontando o poema que agora moeu
O olhar viciado que fica tão aquém

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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1712
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