Luso-Poemas
 
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intra corporalidade

 

. façam de conta que eu não estive cá .





já me haviam dito da brevidade de ser flor, foi quando me levaram as mãos à chuva e esta ao rosto que soube logo de ti. soube logo que haviamos de nascer um para o outro, talvez noutra estação, esta não nos pertence, é das andorinhas e das cegonhas e das praias mais para o sul. não tenhas pressa amanhã cresceremos na raiz como dois bichos da madeira, quem sabe já tarde nos levem os pardais no bico. por enquanto diz-me do tempo que faz dentro do vento, quando como pólen te leva para longe do sítio onde fomos.








 
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Margarete
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o não barulho.
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longe de casa, tenho frio
a urgência de dizer: mãe
#06
todos os números.
abraço-te.
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onde se lê esperança deve ler-se agonia: território banal, delimitado e sempre longe.
a primeira folha
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/05/2010 23:56  Atualizado: 25/05/2010 23:56
 Re: intra corporalidade
Adorei o ritmo destas intra corporalidades no ciclo inverso da polinização sémica do encontro da temporalidade breve no corpo do vento.
bjs
nuno

Enviado por Tópico
miriade
Publicado: 26/05/2010 00:01  Atualizado: 26/05/2010 00:01
Colaborador
Usuário desde: 28/01/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 2171
 Re: intra corporalidade
Sensibilidade a flor da pele poetisa,muito belo, parabéns,

Beijos, Lu

Enviado por Tópico
Caopoeta
Publicado: 26/05/2010 04:25  Atualizado: 26/05/2010 04:30
Colaborador
Usuário desde: 12/07/2007
Localidade:
Mensagens: 1988
 Re: intra corporalidade
para dizer-te
MAR


(ouvindo tom waits-blue valentine)

as nossas sobras serão sempre o ciúme das mãos
na face
o recôndito das ressacas leves
presas
ao Fevereiro dos dias que te tive
o peso fez-me ressalvar a alma
sonhando-te
o prateado azul do corpo nu.


http://www.youtube.com/watch?v=Nu_C4qQcJKU&feature=related

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