Poemas : 

ONHAS

 
ONHAS
Autor: Carlos H. Rangel

O bar me viu de novo
E os meninos pareciam
Quentes de cervejas geladas.
As moças...
Uma me pertenceu
Num beijo cumprido
E eu molhei seu pescoço
Nas várias horas da noite
Sem saber seu nome.
Não lembro a marca
Da cerveja
Nem a música que
Gritava na viola
Da mesa ao lado.
Os vasos e bonecos
Regionais me sorriam
Familiares
E meus dedos
Escondiam seus cabelos
E ela fingia me amar...
O bar me via de novo
E os meninos.
Verdades importantes
Eram ditas
Nas mesas de pedra
E o cinzeiro
Fixo incomodava
Menos que o banco
Sem encosto.
Ela sujava o copo
De baton
E meu rosto
E meu corpo.

O cheiro bom
De mulher
Sempre igual
Em sua diferença...
Eu sonhava com outra
No final da noite...




 
Autor
PROTEUS
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1009
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
3
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
eduardas
Publicado: 12/08/2010 20:45  Atualizado: 12/08/2010 20:45
Colaborador
Usuário desde: 19/10/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3731
 Re: ONHAS p/Proteus
Parece que em Onhas ão se divulga só a cultura. O pior é depois.

bj

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/08/2010 21:04  Atualizado: 12/08/2010 21:04
 Re: ONHAS
ah meu amigo poeta. como sei do seu poema, quando revirava as noites em plena boemia. belas imagens poeta... belas imagens...

fraterno abraço,

zésilveira