Poemas : 

Era um rapaz que tinha um rato

 
Era um rapaz que tinha um rato e o rato foi para o bolso e depois chegou um velho que já tinha sido moço.

No meu tempo é que era! Não havia nada disto.

Mas como é que o azeite virgem pode ser a mãe do Cristo?!

Isto perguntou o rapaz para provocar o velho que sofria de um mal na cabeça do joelho.

Mas o velho era beato, tinha sinos no toutiço e entrou para a ordem do pãozinho com chouriço.

O rapaz que tinha um rato, o passeava com coleira encontrou uma pulga a vender cócegas na feira.

As pulgas eram de cão, as mais baratas do mercado.

E por isto acontecer o rato fugiu para o esgoto, a tia teve um desgosto e o teatro foi fechado.

O moço já não tem rato, o velho não é esquisito, fica ainda por saber se o tal do azeite virgem será mesmo a mãe do Cristo

Lobo 1 de Novembro de 2005

 
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lobodaescrita
 
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