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DESEJO EM ABERTO

 
DESEJO EM ABERTO


Soporífera pertinácia a mim friamente verberas,
Pelo indiviso fato de nunca mais te querer amar,
Assesto do desalento por sentir tantas partidas,
Arfante coração meu, sobreleve este meu penar!

Das muitas paixões inclementemente fui vexado,
Por mulheres que jamais me souberam agradar,
Alinhadas ao ensejo de me ver muito magoado,
Escarravam-me o rosto ao avesso em me beijar.

Nos prazeres do amor não fui sequer premiado,
Somente agruras nesta existência sem desejar,
Corrume merencório que percorre um obstinado,
No extremado anélito de a felicidade conquistar.

Ambula por entre as hostes este mero retirado,
Prezando desta vida seu lídimo amor encontrar.

Rivadávia Leite


AQUARELA DE UM SONHO


Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!

Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais...

 
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RivadáviaLeite
 
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