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CAINDO

 
Despedaçamo-nos nas angústias
Que nos afogam de solidão
Se repetindo num eterno círculo
De culpa e autopunição...
Nos fazendo derrapar
Por tantas pistas escorregadias,
Que não importa se noite ou dia,
Crucificam nosso coração...
Caindo num abismo de dor
A insensatez se prevalece
Da força que esmaece
Sufocada pela dispersão...
Caindo num abismo de dor
Nos dispomos em encruzilhada
Numa cegueira sem medida exata,
Sem saber por onde ir...
Caindo num abismo de dor
Ficamos a mercê de tudo ou nada,
No silêncio do verbo
Quando faltam as palavras
E nos entregamos a perecer...
Sempre quando caímos
Num abismo de dor,
Crucificando nossa visão
Introjetando infelizes imagens
De perda e dor que nos combali
Rasgando a alma outrora tranqüila,
Perseguindo nos seus dias
Uma ilusão a muito perdida
Na frustração que o consome
Na eterna busca de amor
Que dele se esconde
Levando ao precipício
De loucura e obsessão
Que destrói lentamente,
Dilacerando a alma, o corpo e a mente
Numa cruel progressão...
E a vida se dilui no desencanto
Qu’estilhaça o coração de quem se abraço
Perdendo a dignidade,
O auto-respeito que se desgasta
No cotidiano deste vício amoralizador.

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O homem justo cresce e se desenvolve ético por opção, não por coersão.


Mônicka Christi


 
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Mônickachristi
 
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