Sonetos : 

Soneto transfigurado

 
Tags:  saudade    passado    memória  
 

No chão prostrado, um passo em falso
Um grito nu, um adeus medonho
E um navio fantasma navegando o sonho!

Rotas sem lei, ao sabor do vento,
Pedaço de ser, irmão do pecado,
Dormência que rasga a dor, o lamento,
Informe o desejo que cai esmagado.

Entre céu e terra, sigo no encalço
De quem recusou ser igual a si mesma
E entregou a alma ao demo, à aventesma!

Se houvesse tempo, voltaria atrás
Levantaria pontes sobre os rios largos
Para encontrar na outra margem a paz
E carta de alforria de todos os meus encargos.


Em 27.jan.2012, pelas 03h30
PC


Escrever é uma forma de estar vivo!
Paulo César

 
Autor
PauloCésar
 
Texto
Data
Leituras
1243
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/02/2012 11:00  Atualizado: 12/02/2012 11:00
 Re: Soneto transfigurado
Muito bom nas figurações e na transfiguração da forma...