Prosas Poéticas : 

Instabilidades Contestáveis

 
O que seria contestável se não fosse instável?

Entediantes dissertações de erróneas alusões.

Simbologias da vacuidade em perfeita humana unanimidade.

Aquiescências intemporais perante devaneios irracionais.

Mensageiros de deturpação recebidos em atroz submissão.

Privações de excelsidade intelectual em hipocrisia demencial.

Renovações das uniformidades perante o declínio das intelectualidades.

Arbítrios pré-definidos que reduzem os sentidos.

Consonâncias inverosímeis de diversidades incognoscíveis.

Veracidades arredadas da mente que nunca foi independente.

Soturno afrontamento de estigmatizações em ignóbeis putrefacções.

Relampejos de criatividade que se formam na memória da saudade.

Sentimentos exacerbados que permanecem nos corpos dos desolados.

Fraternidades clandestinas que perpetuam desmedidas sinas.

Ditirambos das sensações que se manifestam como ilusões.

Receios de enaltecimentos que se propalam em esquecimentos.

Solidões de exponenciações decretadas como desilusões.

Emergências das diversidades abafadas pelas falsidades.

Subterfúgios de resplandescimentos destinados aos desconhecimentos.

Elevações de consciências obstruídas pelas hipócritas obediências.

Luxúrias consumadas externas às mentes depravadas.

Frigidez abjecta da consciência reduzida mais concreta.

Espasmos de elevações sexuais por entre as friezas ideológicas demenciais.

Concretude dos virtuosismos indignados perante os metamorfosismos.

Círculos de abstracções de vivências perante as mais torpes complacências.

Rotações eternas de ambiguidades hostis perpetuadas pelas mentes senis.

Decrépita envolvência que flagela a mais dócil consciência.

Concentrações de debilidades que dissimulam as racionalidades.

A concretude das naturezas nos indica as nossas mais exacerbadas destrezas...


Publicado originalmente em: www.liverdades.wordpress.com
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
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