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Espectros noturnos

 
A verdadeira face do céu,
somente se vê ao anoitecer!
É quando os espectros noturnos
todos dançando ao som do vento,
veem satisfazer os desejos do sepulcro,
lembranças antes doces que conspurco.

As pás e as enxadas,
em surdas pancadas
sangram a terra,
deixando o som funesto
dos golpes ecoando
no silêncio fúnebre da madrugada fria.

Aqui jaz meu corpo.
aqui agora estou,
açoitado pela tempestade,
abandonado ao relento,
sempre ao sabor do vento...

Mas eu já sabia que seria assim,
também todos sabem,
todos sabem qual será meu fim,
que estou pronto para o túmulo,
desde o dia em que para sempre
minha doce amada se foi,
volvendo à terra fria,
apagando para sempre meus os sorrisos.

 
Autor
ArysGaiovani
 
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