Desmaia-me o espirito no tempo,
dilui-se a vontade
em cada dedo da minha mão.
O olhar,
vago de ontem,
cerra-se no amanhã
pelo receio de não sentir.
Escorrega-me a força do abraço
que carrega os sonhos,
que se vão transformando em utopias
ocas,
frágeis,
… solitárias,
e tantas vezes cruzadas
com o desespero da incerteza,
com a dor da ausência.