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Arcas do tempo ( reescrito)

 
Desfazem-se as marcas,
nas arcas do tempo.

Ventos novos chegaram.
Levaram o lodo colado
no bronze das estátuas,
guardiães do quartéis.

Não apagaram as estrelas,
da memória dos coronéis.

Nas ruas estavam os canhões.
Nas praças,as mãos abertas
pediam paz e pão.

Disparavam palavras de ira
dentro das casas fechadas
no mapa latino-americano.

Revoltas armadas...
cortinas de fumaça.

Nos ares,cacos de telha,
cavalos trotando nas pedras,
ferros retorcidos,
pneus em chamas.

Bocas nervosas,
sopram a coragem,
desfazem o medo.

{Muros e corpos foram ao chão}

Aprisionados,
sugam os pássaros,o orvalho.

Escrotos devoram as flores,
assassinam as árvores.



Poemas em ondas deslizam nas águas.

 
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RaipoetaLonato2010
 
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