Poemas : 

Anáguas

 
Tags:  mágoa    ferida    Ruas    sina    lucidez    zelo    ferver  
 
Esse homem é meu mal,
já me deixou pelas vielas.
Ele vagabunda pelas ruas,
some a noite e me falta

Ele carece de lucidez.
É meu bem, meu algoz.
Minha estupidez.
Minha silhueta triste.

Ele me esvazia, me dilui.
Vive de mim, da minha sina.
Se cala quando surto,
me ingere quando uivo.

Ele me veste com anáguas,
remenda minhas falas, meu medo
Me aquece com zelo e mágoa...
-Por eu ser o seu segredo

Eu lhe sirvo, canto nua,
cuido da sua ferida quando ferve,
Ele me sua, me come crua,
Por eu curar a sua febre


Não sei o que sou,
só sei que não sou
o que eu sei…
que me nega.
Nunca pensei ser
coisa que anda,
nem coisa que geme,
que me cega.
Já pensei ser,
as causas do caminho
eu que sou estradas,
que se perdem.
Habito à tarde,
a mente me leva,
ma...

 
Autor
marcosstavaress
 
Texto
Data
Leituras
871
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 09/09/2012 02:36  Atualizado: 09/09/2012 02:36
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Anáguas
Parabéns! Texto forte, gostei! Bjos!