Você é meu castigo,
meu ninho,
meu desperdício,
Um sonho que arrisco,
sem perceber.
Você é o que mastigo,
me atiro sem ver o risco
-de me perder-.
Rabisco de estranhas
telas de vime.
Você é o que valida
meu sacrifício.
Me surra, me empurra
-aos precipícios-
sem se importar.
Você é o que persigo,
me abriga, me rima,
inspira versos de amor
os caminhos que sigo.
É tudo que quis
Desde menino,
Sem descansar.
Você é meu sorriso,
o sentido que traz,
um amor sem medir
a razão que me diz
valer a pena lutar,
o motivo de tudo
me fazer feliz.
Não sei o que sou,
só sei que não sou
o que eu sei…
que me nega.
Nunca pensei ser
coisa que anda,
nem coisa que geme,
que me cega.
Já pensei ser,
as causas do caminho
eu que sou estradas,
que se perdem.
Habito à tarde,
a mente me leva,
ma...