Poemas : 

Escurece a clarabóia deste estúdio

 
Serei eu um livro às avessas?
Ou serei apenas um juntar de palavras amorfas?
Vou regressar ao berço da lua nova
Lavar os pincéis, arrumar os carvões,
Deixar a um canto a tela ainda virgem.
Fechar na caixa óleos e tintas,
Enrolar panos e papeis de seda.
E mesmo os lápis de cor não os vou mais afiar.
Os bonecos de plasticina
Vão acabar por secar.
Atrás de mim fecha-se a porta,
Escurece a clarabóia deste estúdio
Onde fui amortalhando versos.


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Este texto é uma reposição da vez anterior em que estive registado aqui no Luso. Dizem o bom filho (mesmo bastardo) à casa volta. Para o bem e para o mal estou a voltar. Aos poucos vou repondo os textos antigos. Que me desculpe que já me leu anteriormente.
 
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Sedov
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/09/2012 22:16  Atualizado: 06/09/2012 22:16
 Re: Escurece a clarabóia deste estúdio
A qualidade não cairá nunca no vazio do esquecimento. Belo poema. Obrigada por teres regressado.


Beijo azul