Poemas : 

O Luso - Sonho

 
Um dia o homem sonhou
E o seu sonho ganhou asas
E voou...
Voou tão alto
Até onde o homem nunca
Pensou!

Além do horizonte
Os mares cruzou
Lembrando aquelas
Caravelas
Antigas
De outros sonhadores
Que a história
Encadernou...

O homem sonhou
E o sonho de veludo
Enlaçou
Continentes
E penínsulas
Num abraço gigante
Feito de calor e poesia

Entrementes
O homem adormeceu
O sono paralisou
E o sonho...
Já não é sonho
É pesadelo!


*... vivo na renovação dos sentidos, junto da antiguidade das lembranças, em frente das emoções...»

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cleo
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Enviado por Tópico
Caio
Publicado: 15/01/2013 11:34  Atualizado: 15/01/2013 11:34
Membro de honra
Usuário desde: 28/09/2011
Localidade: Olinda, Pernambuco
Mensagens: 898
 Re: O Luso - Sonho
só nos resta acordar. não há como fazer
surgir um novo sonho dentro do pesadelo.
tantas tentativas frustradas, e por quê?
porque os habitantes do sonho são outros,
outros que não têm os mesmos olhos.

o tempo dirá se estamos errados em querermos
aquele bom e velho sonho, mas conforme passa,
o tempo nos mostra o quão pouco dele falta
para que o nosso sonho se evapore em grãos
de memórias que cobrem o assoalho da nova
realidade. esse triste fim de tudo.

beijo, cleozita.

Enviado por Tópico
gadanha
Publicado: 15/01/2013 11:58  Atualizado: 15/01/2013 11:58
Da casa!
Usuário desde: 13/12/2012
Localidade: nesta seara
Mensagens: 393
 Re: O Luso - Sonho
os sonhos não são factos. se o fossem não haveria gente miudinha a deturpá-los. faz falta ser duro com quem se acomoda e com quem vai na moda. às vezes é preciso que os cordeiros sejam lobos.
já fui cordeiro e agora sou uma dolly carnívora.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/01/2013 14:00  Atualizado: 15/01/2013 14:00
 Re: O Luso - Sonho
Gostei muito destes teus versos!

Todas grandes realizações foram um dia sonhos. Portugal ( os portugueses) sonhou e realizou muito no passado. Hoje vive uma fase de pesadelos, como toda Europa. A Europa é a mãe do ocidente. Genitora da democracia, do capitalismo, da sociedade de consumo, das grandes guerras, etc... . Os filhos tornam-se independentes . A mãe se orgulha ou se envergonha dos seus rebentos e , nada mais pode fazer... eles acabam enterrando-a.

Os sites literários seguem a mesma lógica, pior fica se o pai desiludido com os conflitos que os filhos geraram, abandona o sonho/ barco à deriva... o resto é consequência – globalização.

Desculpe se minha leitura e interpretação se distanciaram demais... divaguei.

Parabéns !

Um abraço

Enviado por Tópico
cleo
Publicado: 15/01/2013 14:03  Atualizado: 15/01/2013 14:12
Usuário desde: 02/03/2007
Localidade: Queluz
Mensagens: 3731
 Re: O Luso - Sonho
Por vezes pergunto-me se o mal não estará em nós mesmos, antigos habitantes do primeiro sonho, querendo que o sonho perdure, quando nada mais há que nos ligue a não ser a teimosia de persistir agarrados às memórias do que já não existe...
Os que agora habitam este sonho nada sabem dos sentimentos que fizeram de nós almas errantes que se recusam a abandonar esta mansão, quais almas penadas que assombram a existência dos que para cá se mudaram sem conhecerem a história que o álbum de arquivo encerra.
Não posso deixar de admirar quem conseguiu renascer das cinzas e se adaptar a novos "corpos", dando corpo à nova família que enche estas salas ignorando os velhos fantasmas...

Alice, não divagou assim para tão longe da realidade. É isso mesmo que escreveu e que mais não é que a transformação natural das coisas. Como aquela famosa teoria que todos conhecemos: a "Lei de Lavoisier" aplicada aqui nos mesmos termos: "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.