| Enviado por | Tópico | 
|---|---|
| rosafogo | Publicado: 06/06/2023 15:42  Atualizado: 06/06/2023 15:42  | 
        
| 
			 Moderador 
				 
			 
			Usuário desde: 28/07/2009 
			Localidade:   
			Mensagens: 11358 
			 | 
          
          
             Olá Cleo 
          O lenço na minha aldeia era muito usado pelas mulheres que ficavam viúvas, lenço preto claro, de inverno e verão, e outras tantas usavam-nos coloridos, parece que estou a vê-las, ao domingo a caminho da missa. As conversas na soleira da porta era hábito, as moças faziam renda para o enxoval e as mais velhas coscuvilhavam sobre a vida alheia e sobre a sua própria vida com queixumes por causa do vinho que os maridos bebiam e nem sempre as tratavam como deviam. Como é bom recordarmos, é como se ainda nos fizessem companhia, ao fim e ao cabo, foi tudo quanto amámos, são as nossas raízes e as lembranças são património nosso. Reconheço que somos aldeãs de gema, não esquecemos e nada nos oferece tanto calor ao coração. Obrigada por mais esta bela prosa, que amei ler. bj.  | 
        
| Enviado por | Tópico | 
|---|---|
| visitante | Publicado: 07/06/2023 10:24  Atualizado: 07/06/2023 12:58  | 
        
| 
             De facto 
          "não deixar morrer a memória"  | 
        |
| Enviado por | Tópico | 
|---|---|
| Jmattos | Publicado: 07/06/2023 20:21  Atualizado: 07/06/2023 20:21  | 
        
			 
			 
			Usuário desde: 03/09/2012 
			Localidade:  
			Mensagens: 18165 
			 | 
          
          
             Poetisa 
          Tantas conversas na soleira da porta, vidas imortalizadas nas fotos e nas memórias contadas! Parabéns pela sensibilidade! Abraço! Janna  |