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FUNERAL DO HOMEM DO SÉCULO XXI

 
 


Febre contínua
Que lancina e avassala,

A violência marca
A ferro, a fogo,
Sáfaras e mágoas

A fúlgida retina das almas.

Por um tempo fugaz --- ao ouvir
Quando o sol bater na janela
Do seu quarto, da Legião Urbana ---
Recobrei a confiança na magmática
E magnânima estrela-mor da esperança.

No entanto --- ao terminar
A execução de canção tão altruísta ---
Recebo um banho de água fria,
Dado pela realidade-hipotermia:


Vagas de homicídio sádico, propina,
Egoísmo, perfídia e injustiça
Asfixiam a respiração dos dias. Auschwitz da Poesia!

Sentindo que a impotência
Está na iminência de me dar
Xeque-mate na partida da vida,

Rendo-me á opera do silêncio
Sem mais delongas, iras
Ou borbulho de elegias.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA


ATENÇÃO: POEMAS SOB A ÉGIDE DA LEI DOS
DIREITOS AUTORAIS N°9.610/98

 
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jessébarbosa31
 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 01/04/2013 14:10  Atualizado: 01/04/2013 14:10
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 Re: FUNERAL DO HOMEM DO SÉCULO XXI
Bom dia Jesser, morrem pessoas todos os dias, mais tem aquelas especificas que levam consigo seus legados, e isto empobrece o mundo, mais não há o que se possa fazer para mudar este quadro, parabéns pelo seu contundente poema, um grande abraço, MJ.