Poemas -> Sombrios : 

Semblantes

 
Alguns semblantes indiscerníveis passavam pelo nevoeiro,
negrumes de vultos atarefados com as entediações,
soturnos raios obscuros que extravasavam as suas sujeições,
lestos e rectilíneos,
subservientes melancólicos dos seus desígnios.

Encontros do desencontro,
diálogos de insonoridades atemorizadas,
reflexos involuntários de almas desoladas,
vislumbres de vacuidade da eterna saudade,
de nada se lembrar,
de tudo atormentar,
silhuetas moribundas que arrastam vidas soturnas,
pregadas na uniformidade,
agrilhoadas pela conformidade.

As chamas nunca haviam nascido…
Espírito para sempre sucumbido…

Também publicado em: www.liverdades.wordpress.com
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
Texto
Data
Leituras
1201
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
9 pontos
1
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/12/2007 15:20  Atualizado: 21/12/2007 15:20
 Re: Semblantes
Um escrito de mão cheia...
Parabéns

Boas Festas

Beijinho
ConceiçãoB