e tem vezes que não sei do mar

que jamais faltem as palavras, que apenas um dia se transformem em silêncios entendidos,
que os ciclos se completem,
e mesmo que
O barco crepite ancorado,
abatido pelo relâmpago que se atrasou,

que tal sirva para iluminar o caminho que se procura pela noite sem estrelas.

Obrigado.

Agradeço-te

um dia...
borda fora, mar afora,
entre o espesso nevoeiro perto das escarpas que se escondiam pelas passagens do vento soprado por adamastores ubíquos.

Por onde te caminhas se os luzeiros se apagaram de vez?

não te saberei responder... talvez espere pela madrugada que sempre se aproximará..devagar.
Obrigado Helen.

Agradeço-te

e é por causa dos atrasos que
tem vezes que não sei do mar,
nem das alfazemas que brotam pelas margens escuras,
neste esquecimento forçado dos nomes que desfiguram as coisas, dir-me-ão que é falta de atenção, que seja... Obrigado.

Agradeço-te

e são sempre as imagens que nos atraem, pelo azul sem fim, sem príncipio, onde tudo começou um dia pelas matinas,talvez pelas
anárquicas as pegadas deixadas nos reflexos avivados do luar escondido por cirros cinzentos, amálgamas dispersas,

sem nexo,
temperadas pelo extenso e pálido olhar,

ou pelo odor intenso da maresia encabrestada
nos coros repetidos dos cascos de algum puro sangue árabe, louco. Obrigado Poetisa do Azul deste nosso imenso e único Mar.


Agradeço-te

e tantas vezes me pergunto por onde caminham os teus passos,
após um breve orgasmo tombado em silêncio absoluto?

Como os silêncios tudo nos revelam, até mesmo as sombras que julgávamos perdidas, esquecidas, e então servimos-nos do olhar que jamais se cansa e vamos mais além, mais ali.
Obrigado Poetisa do Olhar.

Agradeço-te

e tem vezes que não sei do mar, e muito menos de mim, ou das rotas que se apresentam
temperadas pelo extenso e pálido olhar,
que reste o
odor intenso da maresia encabrestada
nos coros repetidos dos cascos de algum puro sangue árabe, louco. Obrigado Poetisa.

Agradeço-te

e tem vezes que não sei do mar,
nem das alfazemas que brotam pelas margens escuras,
neste esquecimento forçado dos nomes que desfiguram as coisas, mas....
um dia saberei entender os silêncios,

não os murmúrios, os silêncios por onde tento mergulhar quando se faz tarde.
Poderia ser "e tem vezes que não sei do amar", sim, mas é do mar por onde me afundo sempre. Obrigado Poetisa, perseguindo areais.


Agradeço-te