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,e esqueço-me desta vida, amiúde das cores
que brotam pelas lezírias em mar aberto,
,mais, sempre mais além afora.
,fundeio-me assim por uns momentos
desmemoriado do teu sorriso pelo extenso crepúsculo,
e grito aos ventos que o horizonte pariu em azul,
pudesse eu ser-me.
,quebram-se destinos, fugas, disseste-me um dia,
quão perene é o abrir de asas,
eu.
Ser-me-ia fácil, sim.
E, mesmo que o peso de cada sonho ultrapasse o deserto do vazio interminável gritado sem ecos em volta,
ser-te-á um dia, mais um dia a espera,
[leva-me contigo para longe de mim].
Sem regresso, despojo-me,
[pelos vales onde se espraiam as derradeiras açucenas desfolhadas].
Eu.
(Ricardo Pocinho)