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Mente forte desde que era pequeno
apesar de eu achar que nunca fui,
Quiseram mostrar-me o fim com veneno
e eu hoje mostro como se conclui,
Conselhos só diante de espelhos
e aí vejo a única competição possível,
E a noite cerca-me de infravermelhos
para mostrar que eu sou inatingível,
Não balanço eu dispenso a pulseira
porque ela não me faz equilibrar,
E quem me usou como passadeira
até ao dia de hoje não parou de suar,
O destino meteu-me a tocar violino
para vos causar arrepios na espinha,
E só me podem chamar assassino
por vos matar em cada linha,
A história a mim não me enrola
sem relevo a ela nada lhe devo,
E para mim não existe velha escola
porque eu não leio só escrevo,
Estrela em ascensão não desisto
insisto nunca o meu palácio tremeu,
E se fosse vivo antes de Cristo
a Bíblia vinha com um prefácio meu,
Crítica céptica o único sem métrica
como Vasco da Gama descobriu Goa,
Hoje querem-me com plástica poética
mas eu não sou Fernando Pessoa,
Mas tenho heterónimos por criação
e todos passaram a fase de estágio
Esta é a minha centésima edição
e ainda ninguém falou em plágio,
Sem obstrução como se fosse uma vogal,
Viril tornei-me viral em métricas mil,
E se eu for grande demais para Portugal,
vou levar o meu talento para o Brasil,
Passado um mês isto gerou furor
e fiz as visualizações dispararem,
Inimigos não quero o vosso amor
eu prefiro dar razões para me odiarem,
Bonaparte em uma perna para cada parte
no recomeçar do meu Beijo Francês,
Eu sabia que separar era uma arte,
Sou Jigsaw faço puzzle de todos vocês
Paz de Buda, eu quero-a desnuda
mas não sei com quem ela se parece,
Mente Pablo procuro uma Miss Neruda
para ser a luz que me transparece,
Como Da Vinci pintá-la numa tela
puritana mas com alma lusitana,
Para depois tocar todo o corpo dela
tipo uma guitarra como Carlos Santana,
E da próxima vez eu não quero amar
eu já só quero conseguir confiar,
E da próxima vez eu só quero lutar
porque sei que vou conseguir ganhar,
E linha a linha eu continuo a juntar
para cada pessoa que me atraiçoou,
Porque faço questão de lhes mostrar
que com elas fiz o fio do meu ioiô.

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LuísDiogo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/01/2014 00:48  Atualizado: 15/01/2014 00:48
 Re: Ioiô
fala, compadre

também sou um rimador compulsivo por natureza e tenho que me policiar para não soar enfadonho

depois dos bate-bocas fui ler um punhado de poemas seus. me lembram minhas primeiras tentativas, sobrecarregadas de rimas sem sentido que não o de rimar.

mas mais relevante: todo poema seu parece parece uma autopromoção, com versos falando sobre como tu era primeirão da turma, sobre seus fartos seguidores, sobre sua falsa modéstia ao se comparar com Pessoa. Honestamente, quem dá a mínima?

que tal escrever sobre a vida ao invés de sobre o próprio umbigo?