Sonetos : 

No cemitério de Monsaraz

 
No cemitério de Monsaraz
 
No vetusto cemitério de Monsaraz
há recantos de luto e abandono!
E uma Alma doce de tenra Paz,
passa pelas campas num livido Outono ...

E abre-se o portão que sempre se arrastava,
pelo ingreme chão, na densa escada!
Há silencio, saudade, orações à Sra. da Orada,
frente à mãe, numa cova sepultada!

À direita, na entrada, há um marmore jazigo,
com gente, mortos ao frio, ais e gemidos,
entre ciprestes - apressa-se o vento ...

E eu, alembro-me criança, em angustia de nervos,
fixando minha Avó, intima, de joelhos,
branca, pálida, frente à sepultura da mãe perdida, sem alento!


Ricardo Louro
em Monsaraz

Recordando, quando em criança, acompanhava a Avó Clarisse ao Cemitério de Monsaraz, em visita do tumulo de sua mãe, a bisavó Rosario ...


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
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