Poemas : 

Quando a vida ascende ao zênite em plenitude

 
“Plenos ‘stão de malditos pecadores.
Por que, em vendo, os conheças logo, atende:
Direi seus crimes e da pena as dores.

Todo mal, que no céu cólera acende,
Injustiça há por fim, que o dano alheio,
Usando fraude ou violência, tende.”

A Divina Comédia - Inferno - canto XI





Desperdício lerdo, viver em um asilo como fora louco,
certamente jamais verás em outro, esforço ingente,
que pode receber sem dar em troca, tudo pelo pouco,
talvez escrever sobre a palma da mão; a ser temente.

Fama teria quiçá, à notoriedade realmente quero amar.
Então... Vamos lá, miremos poder, seja glória ou afeto,
mas apenas cerrar os dentes, sentir o sangue borbulhar;
“ Ó Senhor, livrai-me da sina; ser apenas mais um abjeto.”

Podem realmente ser realizadas alvíssaras; serei melhor,
mesmo que frágil a alma como um pardal na tempestade;
e, no entanto, a qualquer um vai destruir com facilidade.

A vida ascende ao zênite, numa plenitude a se transpor;
às duras as penas, alem das transcendências preocupado,
pérfida quase me esmagou, estava de sobejo desarmado.



 
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shen.noshsaum
 
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