Destila-te inteiro em meu corpo!
Como um velho vinho, querendo tomar;
A proporção dos meus anseios, envolto,
Em uma névoa clara, que de ti faz brilhar!
Na cadência dos gestos exacerbados,
Olhamos as estrelas em consonância.
Já sem sentidos, rompemos tragados,
Como o inebriante vinho da lembrança!
Em instantes nossos, que são poucos...
Raros, mais suficientes pra levar,
Nossos corpos d'amor mutuamente;
Ao sentido mor, que orienta os entes,
Que se amam e se entregam a buscar,
Os mais íntimos segredos do corpo!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)