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PIRILAMPOS

 
Salpicos luminosos sobre os campos em negritude
Num acender e apagar constante, insistente
Varam a noite em riscos disformes, diferentes
Como se desenhassem o amor que não pude

Multiplicam-se num piscar, sobre o açude
Igualando-se ao universo em cima d'água
São gotas minúsculas e luminosas de mágoas
Pedaços de um amor amiúde

Meu coração fragmenta-se nesta inquietude
Assim como os pirilampos na escuridão
Com hora marcada para iluminar

Sigo te amando, apesar da ilicitude
Rompendo as barreiras da paixão
Enquanto eu puder te amar.

 
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luisroggia
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/12/2014 18:33  Atualizado: 10/12/2014 18:33
 Re: PIRILAMPOS
muito bom soneto, Luis. destaco esta estrofe:

'Salpicos luminosos sobre os campos em negritude
Num acender e apagar constante, insistente
Varam a noite em riscos disformes, diferentes
Como se desenhassem o amor que não pude'

um abraço.


Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 10/12/2014 20:59  Atualizado: 10/12/2014 20:59
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Mensagens: 8560
 Re: PIRILAMPOS
Romper as barreiras da paixão, é bem a missão do amor, penso eu, e o poeta bem o assinalou no final do belíssimo do poema, e ainda acrescentou: "enquanto eu puder te amar". Que lindo também, dizer que o coração fragmenta-se na inquietude, assim como os pirilampos, com hora marcada pra iluminar" - Belíssimo!!

Abraços Luis!