Quando a noite cai sobre a cidade,
o Tejo enternecido dorme no caudal,
nos peitos, há ângustia, é verdade,
num passar que pisa o pó da cal.
E vão! Procuram quem os queira
nos cansaços, a viver de Alma perdida,
mudar o fado quem lhes dera,
ter outro destino, nova vida.
E chegam p'ra cantar à solidão,
chegam na esperança de um abraço,
alguém, ali, os acolhe no coração,
o Victor, a Nini, em seu regaço.
E em cada nova madrugada
vai-se o frio da solidão onde me vi,
versos, palmas e guitarras
são as noites na Casa da Nini.
Ricardo Maria Louro
Numa das tantas madrugadas
no Restaurante A NINI.
Ao Victor e à Nini. Aos seus enormes Corações...
Ricardo Maria Louro