Sonetos : 

Olho a planície encantada

 
Tags:  alentejo    planície  
 
Aqui do alto olho a planície encantada
Coberta de azul luminoso incandescente
Aqui e acolá avista-se uma casa caiada
Uma seara ondulada e uma árvore isolada.

Aqui reina a mentira da paz tranquila
Não se vê vivalma, calma silenciosa
Da hora mais quente desta terra ditosa
Onde a vida não chega maliciosa.

O sol abrasador queima-me a pele
Como queima os sobreiros desolados
Sentindo esta secura com sabor de fel.

Desde que nasci revejo-me aqui
Nesta terra onde não fui semeada
Mas que amo tanto como te amo a ti.



Nota: Não sei se, noutros tempos, já coloquei este poema no Luso. Se já o fiz e o conhecem peço desculpa.

 
Autor
MariaSousa
 
Texto
Data
Leituras
1571
Favoritos
3
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
35 pontos
3
4
3
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 08/07/2015 15:10  Atualizado: 08/07/2015 15:10
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Olho a planície encantada
Boa tarde Maria Sousa, teus versos enredam uma personagem que vislumbra a natureza como parceira das suas rasões de viver, pois os elementos naturais nos patrocinam belezas gratuitas, parabéns pelo eloquente soneto, um abraço, MJ.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/08/2015 19:27  Atualizado: 12/08/2015 19:27
 Re: Olho a planície encantada
Fluentes sementes que dela nascemos, terra amada que nos patria e um jeito que nossos coraçõe a amam.

belo poema