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Queda de Chuva

 
Queda de Chuva

Cai a chuva
Em carne nua,
se banhando.
Gélida e pura,
Tudo arrasta,
Lavando,
Purificando,
Quais carícias
de mãos frias.

Cada polegada,
cada poro,
ocultos ou não
se abre ao toque.
Toques lentos,
golpes rápidos,
Explorando,
levando,
possuindo,
excitante,
prolongando
e negando o prazer.

Libertação,
Frustrada
E negada.
Luto,
estremeço,
A cada toque.

Dor ausente
Permitida,
numa torção
da carne,
chamejando,
de desejo,
Meu êxtase.

Derramo sementes,
Ejaculo sémen,
Anseio emprenhar.
Doces sussurros,
promessas juradas.
Paixões retardadas...

A chuva cai
resfriando,
Em gotas esquecidas,
A pele desnuda,
Tremo, de frio,
Ou antecipo,
Beijos e toques,
Teus, embutidos,
No teu fogo,
De vulcão,
Sobre a chuva.


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 27/07/2015.
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 27/07/2015 19:03  Atualizado: 27/07/2015 19:03
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: Queda de Chuva
Excelente poema , Poeta, com riqueza de vocábulos impressionante!

Abraços!!


Enviado por Tópico
Ro_
Publicado: 27/07/2015 19:07  Atualizado: 27/07/2015 19:07
Membro de honra
Usuário desde: 25/09/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 3985
 Re: Queda de Chuva
Delícia de ler!
Adorei!
Um beijinho, poeta!


*-*