Poemas, frases e mensagens sobre gotico

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre gotico

A Lua dos Mortos

 
A Via Láctea
Cintila um funeral
Em cada galáxia
Acende um castiçal
Iluminando os caminhos
Que levam os mortos
Para o Planeta Terra.
A água extinta de cada corpo
Coagula o sangue dos canais
Que solidificam a rede da vida
De modo frio e absorto.
A sede aumenta a dor do mundo
Na mesma proporção que santifica
O entendimento do moribundo
E ensina o desapego para quem fica.
A Lua dos mortos passeia
Nos jazigos abandonados pelas mentes
Por calafrios e ranger de dentes
No despertar de cada ceia.
Da sombra dos seus pecados
Os defuntos acordam machucados
Com sua altivez profunda
Sabendo que não há mais segunda.
No vale das trevas
Ecoa o canto da coruja negra
Anunciando para as brumas
Abrirem ampla passagem
Nas alfombras das veredas
Onde nascem as violetas.
As estrelas caem do céu
Chorando a saudade
Dos que ainda estão vivos
Cobertos por um véu.
Velas acesas, flores de plástico,
Rezam o terço com tristezas
Diante da fotografia.
Sepulcros mistificados
Onde tudo é fantástico
Continuando o fim
Do show da vida.
 
A Lua dos Mortos

O Gótico

 
O meu coração está vazio
faz tempo que o meu instinto partiu
solitária escrevo para ti
pode ser que um dia te tenha aqui

Procuro-te nas sombras do luar
És criatura mas sabes amar
Agarro-me ao que me é conhecido
porque tu ainda és desconhecido

As feridas são visiveis por todos
Estou doente porque me viram
Comporto-me na vida sem modos
chorei quando os outros sorriram

Um dia vou estar bem
Quando a vida me abraçar
ainda sou cria sem mãe
contigo é fácil superar

Ainda me dói ter de acordar
a vida é só uma miragem
A ti te devo a minha coragem
para o dia que tenho de te enfrentar
 
O Gótico

Vida Assombrada

 
Um dia a mais aqui
o que é para ti?
Estou cansada de viver
já não tenho que crescer

Canto a musica da morte
Sempre me achei com sorte
Um dia não há mais o que fazer
vou ter que desaparecer

Confio que existe o paraíso
porque sem ele o que sou eu?
Faço ainda o que é preciso
O meu corpo já muito sofreu

Inspiro-me na tua doença
Pode ser diferente da minha
A mim me resta a crença
que ainda não estou perdida

Insultaste-me sem saber
e agora aguentas a dor
O sangue tens de beber
Para encontrares de novo o amor
 
Vida Assombrada

Melancolia

 
Como definir essa onda de vaga tormenta,
Espiral de languidez e morte
Aspirando atos finais de trágicos emblemas
Nos mausoléus de ermos pensamentos ?

O amor a esse sofrimento evoca
Abortos mal sucedidos de tragédias recentes
Em cicatrizes extensas acima do céu
Percorrendo solitários devaneios.

Selado no túmulo abraçado ao olhar
De incoercível revolta contemplo
O nascimento de chagas nas mãos
Comprimindo inuteis laços corrediços
Que sangram farpas de partidos ossos.
 
Melancolia

Espero

 
Espero
 
Afogo-me em palavras,
Enterro-me em telhas,
De uma casa de sonhos,
Que me mata aos poucos.

Quero chorar a partida,
Quero sentir a dor,
Para me lembrar como é,
E depois mandá-la embora.

Mato as lágrimas,
Porque afinal, chorar não serve.
Velo pelo final,
Do que nem sequer começou.

Acabo o que comecei,
Com palavras que me sugam a vida,
Tiram-me o ar,
Comprimem-me a mente,
E assustam-me.

Faço poemas,
No Verão, mas matam-me na mesma,
As perniciosas palavras,
Que eu nem sequer conheço,
Na vida.
Talvez na morte as conheça.

Imagem: olhares.com Autor(A): rattus
Música: "Comptine d'un autre été: l'après midi" Composto por: Yann Tiersen
 
Espero

O rio continua

 
O rio continua a sua jornada
Entre as montanhas do esquecimento,
No silêncio frio da alvorada
E no nevoeiro do discernimento.

O pacto mortal foi assinado
Entre os nossos corações decadentes,
Mas princesa continuas ao meu lado
Contra os obstáculos imponentes

A vida nunca foi fácil para nós os dois
Mas nosso amor sempre foi forte
E sem nunca sabermos o que viria depois
Lutamos incansavelmente contra a má sorte.

Passo os dedos pelos teus cabelos compridos
E damos um demorado beijo de despedida
Pois nossos sonhos foram destruídos
E os anjos nunca choram, não é querida?

Apesar, da vida ter sido injusta e efémera,
Guardaremos as nossas emoções
Pois a morte está à nossa espera
Para libertar os nossos corações…

José Coimbra
 
O rio continua

Eclipse Magistral

 
Eclipse Magistral
 
Eclipsada
Por facas de gume afiado,
Que me destronam a mente
E me ressuscitam ao mesmo tempo.

Soberanas de mim,
As torturas de um olhar
Silencioso e fulminante.

Num sorriso magistral,
Degolam-me os suspiros,
Como quem lê
Nas entrelinhas de uma paisagem.

Queimada, em cinzas,
Repousa a minha mente,
Sem alento de passagem.

Apagado de sons,
Ficou o meu corpo,
Velado de nuvens,
Obscuro de saudade.

Imagem: olhares.com Autor: Ricardo Espinheira
Música: "Daughter Of The Solar Eclipse" By: Leo Perez
 
Eclipse Magistral

Nos trilhos da escuridão

 
Nossos caminhos se cruzaram
Nos trilhos da escuridão
E assim nossos corações desejaram
Caminhar na mesma direção.

O silencio frio, ganhou vida
Com seu misterioso sorriso
Destruindo assim a parede erguida
Pelos demônios do paraíso.

No inferno criamos nossos laços,
Na neblina incurável da dor
Que guiava os nossos passos
Pelas linhas tortas do amor.

E nunca foi cedo ou tarde
Para resistir à sua beleza imensa
Pois a chama ainda arde
Apesar da chuva intensa...



José Coimbra
 
Nos trilhos da escuridão

Delírio e pranto

 
Meu pesar ensaia o derradeiro grito
Em teu nome enlevando-se na carne.
Dos lábios a ferida mais profunda junto ao escárnio
Umedece o lamento cálido.

Próximo do retrato a lágrima.
Do pranto um aborto estarrecido brada
Enlaçado afoga-se no sangue de nosso passado
Desaparece como mácula infecta
Amortalhado pelo esplendor do céu variado de aurora.

Absorvo a dor pela falta,
De suas mãos o conforto na face
Lembra-me como fogo fátuo tesouro
De inalcançáveis paragens,lenda
Tida como delírio de ópio
Em forma de egrégia mulher
Distante.
 
Delírio e pranto

Teu trono

 
“Ela esconde a sua verdadeira forma
No espelho que tudo transforma,
Iluminado pelas tremidas velas,
Esperando pelo sinal das estrelas…”

As estrelas dançam no céu
E deixas cair o teu negro véu
Para lua iluminar a tua branca pele.
Os segredos serão drenados
E serão ridicularizados e revelados
Pelo teu sorriso sensual e cruel.

As candeias iluminam o negro jardim
E o grandioso trono de marfim
Nesta noite que o sol não renascerá.
A esperança torna-se em lamento
Que é levado pelo frio vento
Nesta noite em que a lua reinará.

O instinto é ignorado e selado,
E, a inocência torna-se em pecado
Nesse trono em que és a rainha.
O sorriso transforma-se em oração
E a oração em tentação
Nesta noite em que serás minha…

José Coimbra
 
Teu trono

A Caça

 
 
Serei o caçador ou a presa
Desse teu misterioso olhar
Negro, mas cheio de beleza
Que me hipnotiza para te desejar.

Meus olhos dizem que me importo
Que a situação é nova para mim
Não sei como agir. Mal me comporto
Ataco-te ou começo uma fuga sem fim?

Como uma força desconhecida
O teu sorriso frio me seduz
E faz-me destruir a barreira proibida
Que me afasta da fuga e da luz.

Beijo-te. A escuridão estava em tua mente
Entre sorrisos e beijos ela recua lentamente
Aperto tuas mãos suadas e frias
Touché. Fim de caçada com maestria.

Janna
José Coimbra
 
A Caça

Olhai os Mananciais dos Sonhos

 
Os meus pensamentos me levaram nesta viagem sem destino...

Caminhos erguidos por eucaliptos envolvidos por brumas, anunciando o crepuscular vespertino, num extremo peninsular do ocidente.

Encontrei um jardim onde três ninfas, guardiãs das fronteiras entre o dia e a noite, brincavam de pintar o céu com a luz avermelhada da tarde, colorindo a Deusa do seu Esplendor num horizonte perdido.

Adiante, vi uma construção antiga, abandonada pelo tempo, com várias janelas e grades enferrujadas, com limbos tomando conta da pintura umedecida pela garoa fina, que começava a cair nessa tarde de outono, preguiçosamente fria pelo vento, que ia varrendo as folhas caídas nos gramados, formando redemoinhos vivos. De repente, uma luz surgiu de uma lamparina, iluminando o rosto de um homem solitário, olhando atentamente nos meus olhos, através de uma das janelas da frente da construção antiga. Seu vulto era de um homem alto, de porte largo e cabeça raspada.

Antes de subir as escadas da porta de entrada, olhei para meu lado direito e vi um largo gramado verde, onde um cavalo branco, selvagem, corria livremente por todos os lados. Voltei meus olhos para o rosto do homem e vi lágrimas correndo em sua face. Senti um calafrio. Apontei meu dedo indicador para a porta e ele sumiu da janela.

Em segundos, a porta se abriu e o homem segurando a lamparina numa das mãos, tremia, demonstrando uma misteriosa emoção. No bolso da sua camisa, havia uma foto, puxei para ver, e era de uma mulher grávida. Ele não esboçava nenhuma palavra, apenas olhava cada gesto meu. Com o vento, uma porta dos fundos começou bater, então ele se apressou em fechá-la, percorrendo um corredor enorme, com o piso de tijolos e com portas dos dois lados. Segui seus passos até o fim do corredor, quando a porta se abriu com o vento, vi um quintal repleto de lápides, túmulos antigos, onde várias pessoas foram enterradas ali. O homem olhou nos meus olhos com receio e segurou meu braço, impedindo que eu fosse até lá. Neste momento, três Deusas guardiãs do éden e do mundo subterrâneo surgiram de um pomar de árvores mágicas de onde nasciam Pomos de Ouro. Elas iam limpando e enfeitando as lápides com maçãs e flores místicas azuis. Depois correram para um lago, atrás do pomar e, mergulharam nuas, desaparecendo nas águas turvas, no meio das brumas silenciosas. Por alguns minutos, prendi minha respiração, para tomar coragem...Voltei meus olhos para trás e ofereci a mão para o homem misterioso. Então, seguimos em direção a primeira lápide de mármore. Nesse instante, olhei para minhas vestes e elas se transformaram no meu corpo. Surgiu uma saia longa negra e um 'corselet' vermelho, meus cabelos ficaram mais longos, como se eu estivesse atravessando uma ponte entre o presente e o passado. Diante de nós, uma estátua de anjo Serafim surgiu em frente de uma cruz de madeira e do seu lado repousava o cadáver de uma mulher, coberta por flores de jasmins e borboletas coloridas, envolvida por uma luz de matizes azuis, fosforescendo sua camisola branca.

O homem ajoelhou-se em prantos diante dela e pronunciou algumas palavras:

“- Minha Amada Imortal!
Quanta saudade eu sinto em meu coração!
Eu pensei que nunca mais fosse lhe ver!
Diante do silêncio do seu corpo,
Eu sou o Sol sem a luz,
O vento sem as folhas,
A água sem a nascente,
A terra sem a semente,
Um barco perdido em alto mar...”

E...,
Presenciando este encontro solene,
Sentei sobre a lápide de mármore
E chorei...
Pois, para minha surpresa, aquela mulher trazia em seu rosto, os traços da minha face.

*Prosa escolhida na Antologia "Contos de Outono" lançada em maio de 2009 pela CBJE - Rio de Janeiro.
 
Olhai os Mananciais dos Sonhos

Último acto

 
Não há cura para a dor
Só nos resta a esperança
De renascer, outra vez, amor
Em busca da mudança.

O orgulho não vale nada
Neste mundo tão ingrato
E nossa fé foi abandonada
Para um último acto.

O sangue que nos deu vida
É o nosso passaporte
Por isso, minha querida
Te encontrarei depois da morte…

José Coimbra
 
Último acto

Obscura paixão

 
É ter o calor no coração
E tentar quebrar o gelo
Antes que a escuridão
Torne tudo num pesadelo.

É arrancar o selo proibido
E procurar pelo paraíso
Que se encontra perdido
No teu frio sorriso.

É a diferença que mente
Entre o bem e o mal
D´um vazio que se sente
Dentro do teu olhar fatal…

José Coimbra
 
Obscura paixão

Desejada paz

 
A melancolia que a alma oprime
Deixa um vazio enorme e doloroso
Onde a própria existência é um crime
E o corpo, um recipiente tenebroso.

É encontrar os segredos mais obscuros
Nas trevas da solidão mortal,
Injetados pelos medos puros
Que curam as feridas com sal.

Na escuridão a dor ingrata fustiga
Esperando, o que o futuro traz,
Tendo a morte como única amiga
Que promete a desejada eterna paz…

José Coimbra
 
Desejada paz

Maldita saudade

 
Ainda sinto a sua presença
Na indiferente madrugada,
Uma luz de esperança
Na solidão da almofada…

Ainda sinto o seu calor
Do seu irresistível abraço,
Mas só restou a maldita dor
Na penumbra do cansaço.

Ainda oiço a sua voz
Tão doce e serena,
Mas a saudade é atroz
E à agustia me condena…

Ainda chamo o seu nome
Entre a escuridão da cama
Pois a agonia me consome
Como uma inapagável chama.

Um amanhã não sei se haverá
Mas esta noite a irei visitar,
Não sei o que acontecerá
Mas com ela quero ficar…

Como é a vida sem ela
Mas com um gesto trémulo
Coloco a rosa negra, a mais bela
Sobre o seu túmulo…

José Coimbra
 
Maldita saudade

Voar

 
Voar
 
Olhos observam-me,
A tentar escapar,
Mas eu não escaparei.
Não desta vez.
Já é tempo de voar,
E desta vez, nada me poderá salvar.

Ouço as garras arrastarem-se no chão,
E sei que é o fim.
Não me posso esconder,
Não há modo de correr,
Estou exausta demais.

Levem-me,
No vosso voo eterno,
Nas asas negras
Que nada pode colorir.

Não chorem por mim,
Isto é apenas o início,
Do meu voo final.

Vou voar...

Imagem: olhares.com Autor: Ruben Andrade
Música: "Unforgetable" By: Yuki Kajiura
 
Voar

Marie

 
Marie
 
E então, pousou a caneta de tinta permanente que lhe tido sido oferecida no aniversário...
Aquelas, tinham sido as 3 horas mais compridas da sua vida.
Marie, tinha apenas 15 anos, mas sabia muito dos males que existem. Quando tinha apenas 4 anos, perdera a mãe... Mal se lembrava dela... O pai... Qual pai? Aquele homem com quem vivia sozinha há 11 anos? Aquele que sempre a ignorara?
Agora, era finalmente o fim. O fim de todo o sofrimento, de toda a mágoa, de tudo!
Naquelas 3 horas, Marie tinha escoado a sua alma e tudo o que sentia para o papel amarelado...

"Mundo, de ti, despeço-me. Não aguento tudo o que me remói por dentro. A amálgama de sentimentos que tenho vindo a acumular irá ser por fim um suspiro de alívio. Não sei se alguém irá sentir a minha falta, ou se alguém irá pelo menos lembrar-me, mas essas dúvidas, apenas me dão mais coragem para partir. Sei que quando partir, talvez encontre a minha mãe. Ou talvez não. Talvez apodreça aqui, debruçada sobre esta secretária, já que ninguém se há-de lembrar de mim.
Nos 15 anos que vivi, percebi que a vida não é assim tão bela, e porquê continuar a viver, se posso exsudar-me para um sítio onde esteja mais dormente? A efémera beleza do meu reflexo, nunca mais será vista, pelos meus olhos, e agradeço por isso.
Lembro-me de sorrir, quando a minha mãe me penteava os cabelos e me cantava canções de embalar. Mas depois, tudo escureceu, e eu fiquei assim, sozinha. Vivendo na mesma casa que um homem que me ignora.
Agora, despeço-me, mas sei que não o faço por mim, faço-o para que aquele homem que se diz meu pai e que deambula pelos corredores, nunca mais tenha de virar a cara quando passo.

"A arte da vida é fazer da vida uma obra de arte.", disse Gandhi, mas eu digo,
"A arte da vida, é pintar o quadro da nossa morte." "

E assim, Marie, pegou na faca que tinha trazido da cozinha, e voou, ao suspirar de alívio.

Segunda Parte:
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=144778

Imagem: google imagens

Bem, hoje estava a sentir-me um pouco gótica (rsrs) e decidi escrever a carta de suicídio de Marie, uma adolescente de 15 anos.

P.S. - Todos os factos mencionados nesta história
são fictícios.
Qualquer parecença com a realidade é pura
coincidência.
 
Marie

Continuo

 
Continuo
 
Deambulo, por entre as sombras das ruas.
Não sei se me vão assustar,
Se me vão descarnar.

Deambulo pelas ruas, escuras,
Querendo apenas esconder-me,
Num casebre trancado.

Sinto os fantasmas do passado,
Perseguindo os recantos de mim.

Lá no fundo, sei que não vou escapar,
Mas já nem isso importa,
A ausência,
Fez-me ficar dormente,
E já não sinto a tortura,
De não poder voltar.

De não poder voltar,
Para o calor de um beijo,
Só para o calor de um deserto,
Vermelho e preto,
Como a última coisa que vejo.

Imagem: olhares.com Autor: Miguel Queirós Pinto
Música: L'etre las - L'envers du miroir By: Arkdaemon
 
Continuo

Maíne

 
A brevidade do olhar
Consumido nas longas horas
Aparta-me da ânsia,
Flerta com o medo ancestral.

Minha dolorosa respiração
Suave no espasmo outonal
Cresce a medida em que nossas bocas
Entrechocam-se no silêncio,para o nunca mais
Do falso esquecimento.

Ainda sinto suas feridas em meus ossos,
Em meus olhos fechados para a partida,
Nas cavidades mais profundas de recondita devassidão.
Sangue em vão explode como desprezo
Junto ao mijo e ao carinho tempestuoso
Nada sobra.

É sempre tão tarde para o recomeço,
Do corpo desfeito na marca eu carrego
A langue conveniencia do entorpecimento externo
Solitário como o mito de nosso romance
Decompondo-se ao sabor da inocencia perdida
E da irreparável falta.
 
Maíne