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Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares da categoria mensagens

Carta de Despedida Número 03

 
Carta de Despedida Número 03

Belém, 15 de janeiro de 2009.

Despeço-me do castanho dos teus olhos que me enfeitiçaram de afetos e temores. Sou ave para quem o céu é muito azul para pouca asa.

A imensa distância que de mim te separa, não me permite ir além do fulgor que emana do teu olhar, e, das frases de amor que ouço dizeres para mim de onde não te vejo, mas sinto como se aqui...

Tenho que me despedir do castelo de cristal - aquele que julguei ser de diamante - sem suspeitar-lhe a fragilidade. Em pouco tempo tornou-se cacos sobre onde eu caminhei com passos lentos a ferir e sangrar os pés.

Solto as amarras do laço rubro e florido que por momentos atou nossos destinos. Para ti não era para sempre... Enquanto julgo que nem o éter é tempo suficiente para que eu esqueça àquilo que és e foste para mim!...

Predestinada a vôos mais baixos, prefiro que me cortem as asas antes que eu não chegue aonde sei que não estarás.

Bater adeus é cansativo! Tenho punhos e braços doloridos de tantos acenos que a vida me levou a dar. Se nessas mãos cheias de tantas palavras, ainda me restarem forças e eu conseguir lançar da pena um punhado de versos, tentarei te escrever um último poema de adeus...

by Betha Mendonça
 
Carta de Despedida Número 03

Despedidas

 
 
Minha Despedida
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa. Que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades. Nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego. E um indefinível remorso.

Venho então comunicar à Luso Poemas e aos amigos, que me afastarei , por tempo
ainda indeterminado. Ficam, aqui então, registrados, meus sinceros agradecimentos
a todos os grandes poetas e poetisas, que dedicaram tempo para ler e para comentar poemas meus
Tenham a certeza, que com todos vós, aprendi um pouco mais.
Deixo, além de um vídeo , onde existe um abraço de ADEUS.
deixo também um poema de Pablo Neruda.
Até qualquer dia
Beijinho meu
Angeline

Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.
Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.
Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.

Pablo Neruda
 
Despedidas

carta aberta ao meu leitor

 
já nada faço para que me leias, não preciso de um público pago e, ainda assim, escrevo, escrevo e escrevo porque as letras são o meu almoço e as palavras o meu jantar, tenho ainda direito a um pequeno almoço e a um lanche que são as leituras obrigatórias. já não me interessa que me idolatres, não quero saber de autógrafos ou de frases ditas de boca em boca e creio que me morreu a necessidade de te ter desse lado. perdoa-me. perdoa-me leitor mas não me incomodo mais com o teu bem estar, afinal o que escrevo nunca foi uma sala de hospital onde te curam as feridas, nunca foi um consultório, foi a minha casa e tu não sabias estar nela. eu abria-te a porta e tu não limpavas os pés e fazias das minhas palavras aquelas que querias ouvir. perdoa-me se não te disse antes mas nada do que te escrevi te era direccionado. era apenas a minha forma de estar sozinha, o modo que arranjei de não me fazer falta e, sempre soube, a minha forma de estar viva. tu mataste-me tantas vezes que nem imaginas!... rasgavas os quadros que tinha pintado, ferias o meu amor com murros em forma de comentários de apreço. eu nunca precisei do teu apreço mas tu nunca entendeste. eu nunca precisei do embalo, eu só precisava que não fizesses de mim a vítima numa novela que eu não escrevi. perdoa-me estimado leitor, perdoa-me esta distância mas de me teres morto tanto só me restou a necessidade de me afastar um pouco, tanto que agora me sento na lua e escrevo com o cotovelo apoiado em marte. foi pena, é pena, não puder entender-te ou, quanto muito, conquistar-te mas dou pontapés à terra e só lhe vejo o pacífico.
cansei-me de pessoas, cansei-me de poemas e ainda assim não vivo sem as dizer em contos. e agora que te disse toda a mágoa que te tinha, agora que me odeias tanto que não mais me pedirás para voltar, deixa-me só recordar-te a minha sinceridade na esperança que ela ao menos me sirva de álibi no crime que eu não cometi.
fim.
 
carta aberta ao meu leitor

Coisas Parvinhas

 
(ao K)

Hoje pintei as unhas de vermelho carmim. E senti-me tão próxima de ti!
Tu odiavas vernizes de cores fortes! Quando me ias buscar ao salão olhavas sempre de viés para as minhas mãos a ver a surpresa que te aguardava.
Ah! E depois havia o pormenor do nome do verniz que eu anunciava como uma sobremesa: “hoje temos cereja”, “apeteceu-me chocolate”, “mandei vir amora”.. Um atentado à tua boa disposição!
Mas tu eras terrível, dizias sempre num forçado tom indiferente: “se tu gostas...”, ou um lacónico "são gostos".
Nunca criticavas e nunca rugias o “Tira essa porcaria, por favor” que te ia na alma. Não, tu eras um sonso, deixavas o verniz sair (bem, eu também andava no máximo dois dias com o verniz) e mais tarde, num tom terno e paternalista, vinhas com um “não estava mau, mas tu sabes que eu prefiro vernizes clarinhos. Mas isso tu é que sabes…”. Filho da mãe!
Sabes uma coisa? Eu fazia de propósito duplamente! Primeiro porque se estivesse picada contigo, sabia que era meio caminho andado para te provocar. E como eu gostava de te provocar!
E depois porque eu achava que era importante manter a minha pose de mulher-independente-que-faz-o-que-quer. Uma treta, eu sei, mas era necessário de vez em quando fazer valer a minha vontade, sobretudo para que tu não te apercebesses da verdadeira influência que tinhas na minha vida.
Na verdade o verniz garrido representa todo o resto das coisas que eu fazia para te provocar. Coisas parvinhas, admito.
E hoje, percebi que também tenho saudades do mar contrariado dos teus olhos e da tua expressão de desagrado porque ainda assim é encantadora, então resolvi colocar um verniz vermelho carmim. Em homenagem à minha rebeldia de mulher apaixonada, mas não dominada pelos teus gostos (?!).
Graças ao carmim das minhas mãos vejo-te nitidamente aqui ao pé de mim: um olhar revolto entre as minhas mãos e o volante, um suspiro de resignação, um catarro de ira…
Consigo até ouvir a contrariedade na tua respiração... No pulsar da tua pele... Que bom que ainda usas o mesmo perfume!

Deixa lá querido, amanhã já tiro isto. Ou se calhar não, estou mesmo a gostar de te ver ver irritado.
 
Coisas  Parvinhas

Carta Aberta a Quem Interessar Possa

 
Carta Aberta a Quem Interessar Possa

Caro (a),

Comecei a interagir no Luso Poemas em outubro de 2007. Uma delícia, muitos bons colegas poetas. A gente lia ou não os trabalhos uns dos outros e acima de tudo havia RESPEITO. Claro que – comum a vida real ou virtual – havia um ou outro “ti-ti-ti” de bastidor, por que no fundo todos querem brilhar na ribalta...

Depois uma “horda” de escritores chegou com suas bagagens. Aqui fez morada poética. Nessa altura foram incorporados ao sítio elementos desagregadores, como criaturas que jogam pessoas umas contra as outras. Através das famigeradas PMs acrescem palavras não proferidas por um para intrigá-lo com outro. O mesmo fazem em conversas nessa ferramenta do cão chamada MSN. Dia desses a gente viu uma ser desmascarada e hoje os leitores levaram outro bofetão na cara.

Eu tinha mais ou menos 400 textos em verso e prosa, um “porrilhão” de visitas e “zilhões” de comentários. Mas, sensível, eu fiquei tão chateada e deprimida com o que via que saí do site. Apaguei tudo, pedi ao Trabis, que é um doce de pessoa (digo pela postura e trato que ele tem com os usuários), que apagasse meu perfil.

O afeto pelo local, por algumas pessoas, e, claro: o desejo de ser lida (ninguém escreve pra trancar sentires e pensares ao cofre) trouxe-me de volta das catacumbas. E toma briga literária... A coisa ferveu tanto que o palavreado chulo tomou conta dos textos. As letras se desencontravam e esbofeteavam palavras entre autores. Resultado: perdemos excelentes autores e outros poucos do inicio da formação do Luso ainda publicam no espaço. Temos “novatos” da melhor qualidade que pouco são lidos, por que o “leia-me que eu o leio” vigora.

A gente assiste verdadeiros atentados à ortografia e gramática com a justificativa da tal liberdade poética... Lavagem de roupa suja, execração pública de pessoas, comentários elogiosos a textos que até crianças do ensino fundamental redigiriam melhor...

Esse é um site de literatura para TODOS. Somos amadores da escrita? Somos. Mas, bato na tecla de que temos responsabilidade com a escrita, com os leitores e com o site Luso Poemas! Tentar escrever melhor e ao menos passar um corretor ortográfico de textos não custa tanto...

Luso Poemas para a literatura já!

Saudações literárias!

Betha Mendonça
 
Carta Aberta a Quem Interessar Possa

A BELEZA DE UMA MULHER

 
 
A BELEZA DE UMA MULHER
. Para ter lábios atraentes, diga palavras doces;

. Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas;

. Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos;

. Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia; . Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho;

. Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora;

. Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu abraço. ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo;

. A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. a beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside;

. A beleza de uma mulher não está na expressão facial... Está refletida em sua alma, está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra.

. A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.
Audrey Hepburn

Dedico este vídeo e este texto às mulheres
deste espaço de poesia

Hoje, e todos os dias nos pertencem.
Acredito em mim e na força de minha feminilidade!
Eu me permito ser Mulher
Eu me permito ser Linda
Eu me permito ser Poderosa
Maravilhosa...
Feliz 8 de março, feliz todos os dias
Angeline
 
A BELEZA DE UMA MULHER

Carta à minha Vida

 
(desta terra donde me renasço)

Vida, minha Vida...

Nunca me disseste que temer-te é a pior morte (ou se me disseste, nunca quis arriscar ouvidos, nem olhos, nem voz, muito menos mãos para revolucionar areias e impulsionar a vontade). Vida, por que te vestiste de negro e me assustaste de morte?... Por que me inverteste horizontes e me asfixiaste com a terra do meu semeio? Custava-te, Vida, custava-te, teres-me ensinado que a areia é permeável, também no sentido ascendente?... Custava-te permitir-me um pouco de sol, para me dar a réstia de força que me faltou?...
Por tua culpa, Vida, julguei-me morta em vida, sem saber que essa é a pior morte. Ter medo de morrer é natural, saudável e necessário, para te defender, Vida. Ter medo de viver é contrário à natureza, insalubre, ímprobo. Ofensivo à própria essência humana...
E, confesso, eu tive medo de viver. Morri sem saber, sem querer saber. Culpar-te agora, Vida, é-me preciso, sabes..? É-me vital. Não vês...? culpar-te agora é a minha única salvação, o meu único meio de fuga ao peso da terra que me sepultou, tanto tempo. Se não for a ti, a quem atiro as pedras do meu sepulcro? Quem cego, com as areias onde deslizo a minha lápide? Quem magoo, com os espinhos que me vestem de martírio?
Culpar-te é a minha única redenção. Magoar-te, a minha única hipótese de sair ilesa.
E, assim magoada, quero amar-te, Vida. Cuidar-te, como nunca te cuidei, como nunca me cuidaste. Salvar-te.
Salvar-me.
Viver, antes que chegue o meu tempo de temer a Morte. Porque isso, sim, é natural - temer a Morte. No tempo certo, nunca no tempo de amar-te, Vida.
Amar-te... enfim.
 
Carta à minha Vida

SER ESCRITOR

 
SER ESCRITOR
(Ivone Carvalho)

Ser escritor é ser alguém privilegiado, detentor de um presente divino doado a muitos, mas não a todos, e, para alguns, de forma muito especial, mais abrangente, mais criativa, mais útil, mais sensível, seja para a cultura, seja para a educação, seja para a alma.

O escritor é aquele que é dotado da capacidade de expor, através das letras, o seu conhecimento, sua sensibilidade, sua criatividade. Entrega, a todos, a bagagem que carrega ou que busca dentro de si ou no seu semelhante, de forma simples ou complexa, clara ou obscura, suave ou categórica, real ou ilusória, marcante ou passageira, bem ou mal humorada.

Ser escritor é sentir correr nas veias a necessidade de transmitir o que se sabe, o que se cria, o que se sente.

É honrar, antes de tudo, a si mesmo, dando vazão à sua ânsia de partilhar com o silêncio, os seus sonhos, seus pensamentos, sua imaginação, seu sofrimento, sua alegria, sua dor, sua viagem interior, suas dúvidas, suas certezas, suas promessas, suas descobertas, oferecendo-as, posteriormente, ao leitor.

É respeitar, em igualdade, o seu leitor, aquele que busca nas letras um momento de lazer, divagação, questionamentos, saber, interesses pessoais pois, tantas e tantas vezes, coloca-se como protagonista do que lê ou, até, como fonte de inspiração.

Ser escritor é sentir-se em constante ligação com o desconhecido, o mistério, o ideal, o espaço, o abstrato, a ficção, o real, o imaginável, o futuro, o presente, o passado. É visualizar na mente o não vivido, o querer viver, o fazer de conta que viveu.

É saborear uma ponta de vaidade ao se descobrir portador da voz do leitor, o binóculo de sua alma, o seu interlocutor.

É ter o poder de minimizar suas próprias dores ou de extravasar a alegria que já não cabe dentro do peito, quando se encontra só.

É transformar o silêncio em som constante, ouvindo as palavras da própria alma.

É possuir a capacidade da fácil introspecção, de se manter na solidão, ausentando seus pensamentos dos movimentos ao seu redor, para uma viagem de encontro ao turbilhão que existe dentro de si ou ao vazio do momento.

É poder discorrer com facilidade inteligível sobre fatos, descobertas ou sonhos.

É descobrir como transformar em poesia uma dor, uma façanha, um medo, o desequilíbrio, a insanidade, a vitória, a decepção, a nostalgia, a perda, a derrota.

Ser escritor é ser privilegiado, é ser artista, é poder compor, divulgar, esclarecer, criar dúvidas, questionar, cantar, calar sem deixar de dizer, falar sem precisar usar a voz, comunicar sem estar presente.

É ser presente mesmo estando ausente. É imortalizar os seus pensamentos, os seus sentimentos, os seus conhecimentos, as suas mensagens, os seus anseios.

É eternizar um simples pensamento.

É cantar o amor em verso e prosa. É sentir, num simples fechar de olhos, o calor, o tato, o perfume, a lágrima, o sorriso, o escuro, a luz, e transformar tudo isso em versos que calem na alma do leitor.

É pintar, com letras, o cenário da vida, a tela da alma, as cores do amor!
 
SER ESCRITOR

Atitudes

 
As suas atitudes são como o mundo o enxerga;
Se sua atitude for fraca;
Todos te acharam fraco;
Se for forte;
Você nem vai se importar com isso....
 
Atitudes

Carta de Despedida Número 04

 
Carta de Despedida Número 04

Belém, 3 de fevereiro de 2009.

Adeus para essa coisa de viver cada dia a se despedir do ontem e de cada minuto, por que tudo nessa vida é tão efêmero!...

Até um dia às letras assustadas com tantas despedidas... Entre lágrimas, elas correm dos meus dedos sem dizer nem “até logo!”. Partem como quem pega um trem destino incerto. Viajam cansadas dos comandos desse cérebro pouco literato, cheio de insanidades, perdido nos vocábulos que cabulam dicionários e mudam a todo instante. Fim aos neologismos que se tornam “velhologismos” no dinamismo das línguas que sobrevivem as mudanças!

Morte às palavras e fatos que a borracha do tempo massacra e não deixa delas nem um solitário traço!Afetos que perecem no rio das verdades aparentes e inconseqüentes... Despeço-me dos espelhos das ilusões... Chega de navegar em versos que morrem ao final de cada poema escrito ou não.

Que se afastem os meus olhos do cais!Aquele que cri que seria por muito tempo porto de escritos. Das minhas letras que ao dançar pareciam fazer algum sentido, merecer aplausos da platéia e que pereceram sob a pequena ribalta que desmoronou.

Adeus vernáculo que cativa aos corações tolos que crêem em tudo que lêem! Adeus aos corações céticos que morrem sem grandes emoções pela descrença e falta de fantasia!...

Até um dia ou nunca...

by Betha M. Costa
 
Carta de Despedida Número 04

MEU AMOR É ASSIM

 
MEU AMOR É ASSIM
 
 
Não te peço o amor
que não me podes dar
nem teu querer
teu pensar
antes que o teu Não
desponte
afirmo-te:
não preciso do teu Sim
tão pouco um lugar comum
pra te amar
amo-te e amar-te é tudo
e nem assim, o meu amor
des-configura
(há nele tanta doçura)
e se como ave pender
em outra direção
hei de guardar com cautela
essa emoção
sem esforço algum
contudo, o meu amor
ou quase tudo não tem como ocultar
- no meu olhar se revela...

Maria Lucia (Centelha Luminosa)
 
MEU AMOR É ASSIM

Lágrimas Benfazejas

 
Lágrimas Benfazejas
 
 
A lágrima é um meio
que a Natureza nos deu
para materializar excessos de nós
que não nos cabem , por dor
raiva, desilusão
incontida aflição ou desamor
alguma veleidade
pra atenuar a ansiedade
das esperas
da saudade
para aliviar a alma
consolo pra melancolia
e também pra intensidade da alegria
expressar felicidade
gotas que aos olhos lampejam
elas são por isso e muito mais
lágrimas benfazejas!

Maria Lucia (Centelha Luminosa)
 
Lágrimas Benfazejas

carta de mar,

 
"Teu, para sempre, encantadora dama, enquanto a máquina deste corpo me pertencer."

(Hamlet) Cena II, Ato II

diz-me, por que tem de ser assim? qual revolta de asa voltando-se.. ou revolta. qual ensaio falho de um sorriso acabrunhado.. um lapso, até! tal fosse uma outra mera ilusão. diz-me da tua parte que te renega o próprio ventre.. que te apega aos sonhos alheios de outras poças que não te compreendem. que não te podem ser e ver! diz-me dessa tua ignorância fingida em não notar o lado dessa tua grandeza excessiva.. o teu espaço mediante à tua fome, então.. diz-me da tua partida. destas águas ilhadas de si. qual inferno perante-ato ao rumo de não achar-se a pertencer.. diz-me onde te param os pés! onde te comovem os teus olhos mareados qual te fosse este, o teu próprio nome. diz-me da tua rebeldia insana em não querer ser feliz.. dessa onda farta de tristeza nefasta a reinar-te em letras afogadas de mágoa.. diz-me da tua mágoa! grita.. esperneia e diz horrores, mas..

diz.
aos diabos, todos eles!!
aos letreiros dos cegos e burros, ora.. não te são, mar..
eles, todos eles..
não
te
são.

.
 
carta de mar,

FELIZ ANO NOVO!

 
FELIZ ANO NOVO!
 
Quão rápido veloz como um colibri...
Assim: foi-se mais um ano deixando...
Saudades, tristezas, incertezas, alegrias...
Muitos querendo esquecer porque não foi tão bom assim.
Outros comemorando por que foi muito bom.

Mas a realidade é que não devemos ficar preso ao passado por mas dorido que tenha sido, nem no futuro, pois este a Deus pertence! Viva o hoje; tenha expectativa sim! Mas não lute contra o que você não pode mudar.

Para que você possa brilhar no futuro!...

Faça uma analise de si mesmo, como anda seu eu?
O que você fez para que o ano que passa fosse diferente? Porque se você não mudar o ano que se inicia permanecerá velho. Quem deve fazer a diferença é você.

Como anda sua vida espiritual? Não estou falando de dogmas, doutrinas e religiões e sim de que temos que ter uma vida voltada para Deus seja em qualquer instância para que a sua alma seja preenchida de paz e amor. Só assim você poderá crescer tendo uma vida feliz.

Nunca deixe para amanhã o que pode ser feito hoje, partindo do princípio que nem um segundo nos pertence... Nunca deixe de falar eu te amo! Não guarde rancor, ódio, perdoe... Isso faz toda diferença, pois se guardas o mal dentro de si quem perde é você seja inteligente.

Lute, busque, conquiste e vença! Não espere pelos outros tome atitude, seja você mesmo sem medo de ser feliz! Só assim verás um ano novo - porque você o fez novo.

Feliz 2015!!

Por: Mary Jun

29-12-2014
Às 21h e 17m

Feliz ano novo!
Luso poemas, amigos, poetas e visitantes.
 
FELIZ ANO NOVO!

Carta de Despedida Número 07

 
Carta de Despedida Número 07
by Betha M. Costa

Belém, 07 de agosto de 2009.

Cansada das polemicas inúteis que só desgastam a mente, destroem a imagem, criam desafetos e embotam a imaginação, eu as deixo na beira do cais de uma ilha distante sem olhar para trás.

Adeus ao bate-boca que não leva a nada com pessoas que não mudarão de opinião, e, que também não me farão (quanto me julgo certa) depositar as minhas idéias numa lata de lixo qualquer.

Deixo a quem queira as discussões em tons que variam do cinza-razão ao negro-desvario, a acidez das palavras que fazem mal a beleza da tez e causam de gastrites a úlceras perfuradas de tanto fel e amargura que elas contêm.

Despeço-me do desassossego que as rixas, picuinhas e de todas essas coisas miudinhas que fazem a pessoa nadar contra quimeras até se afogar no mar de desafeição.

Tudo isso encolhe o ser humano diante da transparência dos olhares mais lúcidos e o leva a desaparecer no meio de seus aborrecimentos e certezas duvidosas.

Agora, despida da negatividade, quero ser zen e pacífica como uma fada de aura bem colorida, mas temo que com a chegada do mês de outubro a bruxa que fui (ou sou) renasça em mim.

Adeus... Ou até a volta!
 
Carta de Despedida Número 07

DIANA - minha cândida inspiração

 
DIANA - minha cândida inspiração
 
(Diana - desenho a carvão, feito por mim)

Queria pintar-te a mil cores mas não me basta a tua lembrança para poder expressar com lealdade o teu brilho, o teu encanto, a tua cândida pureza...
Na minha paleta não encontro cores que fidelizem a tua aura.
Os toscos pincéis que uso nunca seriam suficientemente precisos ou delicados para eternizar numa crua tela a ternura do teu sorriso, o brilho inocente dos teus olhos, a seda pura dos teus cabelos...
Não, não saberei nunca reflectir a imagem que de ti guardo no peito, no espelho das minhas lágrimas sobre o papel estéril...
...Resta-me este modesto ensaio, a preto e branco... como os retratos antigos. Digo isto e a minha alma rebela-se! Tu és cor, ainda, em mim! E nunca será antiga, a tua imagem em mim! Perdoa-me, filha, sou só incapaz de reproduzir fielmente a tua beleza pura com tintas traiçoeiras, que temo borratar num tremor de pincel. Não tenho talento que me baste. Então fiquei-me pelo carvão, que posso apagar, fazer e refazer, em busca da perfeição impossível.. Mas, sabes, vejo tanta cor, para lá dos negros traços! Tanta luz, tanta energia! Serás sempre minha, estejas onde estiveres, porque ainda existe uma conexão infinita entre esses teus olhos risonhos e o meu triste olhar de mãe-orfã...

(Filhos que eu desenhei)
 
DIANA - minha cândida inspiração

Mobílias velhas

 
Não somos mobílias velhas, desfaça o que não usa mais e doe para quem precisa, não guarde coisas que não vai usar mais, nosso corpo e mente precisam de coisas novas, não guarde rancores, não somos móveis velhos, deixe o novo entrar na sua casa e na sua vida assim á prosperidade.
 
Mobílias velhas

PASSOU MAIS UM NATAL

 
ANJO MEU

Anjo meu, saudade minha, flor em botão,
Que a Vida não ousou abrir, por tão sagrada.
Ar que me falta, supremo sopro, luz ansiada,
Por que suspira um terço do meu coração...

Anjo alado, doce boneca de porcelana,
Que divino toque animou em requebros doces,
Foste água fresca qu' evaporou em celeste chama,
Amor-menina, jovem, mulher, quem dera fosses!

Esses teus lábios de doces beijos de passarinhos,
Esses teus olhos de luz de estrelas, a cintilar,
São puras jóias de que só guardo terna saudade,

Eterno brilho que em mim lavra, mas que não arde,
Eterno anjo que Deus quis acarinhar,
Mas que deixou tão quente e doce minh'alma-ninho!!

(PASSOU MAIS UM NATAL)

Minha estrelinha maga...

Há tantos dias que não deposito nem uma pequena pedrinha semi-preciosa no cofrezinho que fiz teu bragal...
Sabes que, do início do Inverno até passar o Natal, sinto sempre a tua presença mais forte. Aí pelo dia 1 de Novembro, quando semeio a tua campa rasa de rosas brancas, até não se ver nem um pedacinho de terra inerte, começa a minha descida... Daí até ao Natal, vai-me tomando, aos poucos, uma melancolia subtil, um laço de saudade que vai apertando, apertando... Os cânticos embalam-me uma dor que ganhou raízes e as luzes tremeluzentes não conseguem iluminar o meu Inverno...Voltam-me à memória tantos outros Natais, em que parte de mim morria contigo, e outra, solicitada pela minha responsabilidade familiar, ensaiava sorrir, brincar... vibrar, enfim, com os cânticos, as luzes, as prendas... Mas sei que tenho de pedir perdão aos meus filhinhos amados pelo Natais em que eu não estive completamente com eles. Perdão, meus filhos, perdão por tantas coisas que só vocês compreendem e pelas que só eu posso compreender... Amo-vos tanto, nunca vocês saberão quanto vos devo a minha vida e o meu equilíbrio! Vocês dois são o tributo mais precioso que lego ao Mundo, nesta minha curta e insignificante passagem pela Vida! E tu, Dianinha, és o tributo que eu leguei aos Céus...
Talvez me deva sentir ditosa por isso, quem sabe...
Mas, neste vigésimo aniversário da tua morte, sinto-me ainda tão dorida e revoltada...
Fecho os olhos e imagino-te, nos teus graciosos vinte e dois anos... Através da vidraça viva das minhas lágrimas, metamorfoseio o teu rostinho delicado de bebé num rosto belo, de jovem mulher... Imagino o teu corpinho franzino e sempre de uma elasticidade irrequieta, tranformar-se em formas perfeitas, de nobre porte... vejo os teus cabelos de seda soltarem-se dos totós onde eu os aprisionava, e voarem em volta dos teus olhos meigos e grandes, como beija-flores, em adoração serena... Sonho os beijos leves, carregados de amor, que a tua boca talhada em botão-de-rosa me daria ainda...
Oh, minha filha, sonho tanto! Mas se não fossem os meus sonhos, como seria a minha vida??
...E deixo os sonhos viver, lado a lado com as minhas dores... e, sabes um segredo? - Nas minhas (tantas!) horas amargas, nunca deixei de sentir a tua ternura, gravada para sempre na minha alma, naquele dia em que eu chorava, derrubada pela minha Vida madrasta, no chão da cozinha, daquela casa onde morávamos... lembras-te, filha? Tu, pequenininha, nem ainda com dois anos, foste buscar uma almofada para me colocares nas costas, consolando-me com um "Pom... pom, mãe... (pronto, pronto, mãe...)"... Ah, como dói essa lembrança!... Como posso deixar de chorar-te?!

Terça-feira, 8 de Janeiro de 2008
 
PASSOU MAIS UM NATAL

AQUI E AGORA

 
Podia usar algumas metáforas: dizer-te que imagino o coração das pessoas como um depósito de pequenas pedras preciosas - as memórias – religiosamente guardadas num velho e viçoso baú. Podia também dizer-te que imagino as memórias como álbuns guardados numa velha arca com fecho ferrugento, devidamente etiquetados: álbum dos amigos, da infância, da família, do cão, do passarinho…
Usando essas duas metáforas, dir-te-ia que tens sido uma boa surpresa ao ajudares-me a abrir a tal velha arca ou o tal baú para que eu as possa ir guardando lentamente. E depois, meigo e generoso, ajudas-me a fechar quer o baú, quer a arca, da forma mais segura e hermética possível para que os meus tesouros se mantenham intocáveis.
Podia agarrar nessas metáforas e tantas outras, mas hoje não me apetece estar com rebuscados, hoje não.
Assim, deixa-me dizer-te: não, não me estás a retirar memórias. Jamais. Não mas retiras e não mas conservas… ouves-mas e isso significa tudo para mim.
Antes de tudo e para além de tudo, o que importa é esta partilha de vidas e de memórias que a bem ou a mal fazem de nós o que somos hoje.
E lentamente estamos a criar os nossos momentos a que mais tarde chamaremos recordações e que com ternura guardaremos também na tal arca ou baú.
O que temos é uma amizade que germina diariamente e que tão bem nos faz.
O que temos na realidade, é o aqui e o agora. E eu gosto disso, tal como gosto de ti.
 
AQUI E AGORA

Voltando

 
[img align=center]https://www.luso-poemas.net/uploads/img59a320314c2ea.jpg[/img Voltando aos velhos amigos!
A saudade bateu forte.
E Deus é meu testigo
E me deu muita sorte.

Por motivos impensados
Um repente angustiado
Faz com que atrasados
Perceba os atos repudiados

Um chamado amoroso
De amiga cem-por-cento
Como amei:-foi carinhoso
Perdoa o contra censo.

Recebam pois,meu carinho
A todos que me sentiram
O bom filho volta ao ninho
Os maus fluídos se retiraram

Nereida
Obrigada a todos,recebam meu carinho.

Em especial à amiga Eureka! Meu apreço e grande abraço.
Te admiro Maria!!!!!

Nereida
 
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