Poemas : 

De uma velha Solidão

 
Há um peso tão grande dentro em mim
nestas horas em que a vida não me escuta
um tormento que parece não ter fim
como espada que nos fere numa luta!

E há um pranto que me escorre em solidão
um vento que se agita pelas curvas
sou filho das pedras pisadas pelo chão
um poço de amargura e água suja.

A minha dor vestida de brocados
foi traje de amargura num corpo de sereia
e adorei-a, de joelhos, prostrado,
como um naufrago morto na areia.


Ricardo Maria Louro
Em Terena do Alentejo


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
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