SENHORINHA

SENHORINHA

Ainda que aborreça hoje às mulheres,
Não me furto a chamar-vos de Senhora.
Ou mesmo senhorinha como agora,
A caminhar em meio aos malmequeres.

Cá em Minas, desde a época do Alferes,
Não se vê mulher mais encantadora!
Pois reconheço o quanto me enamora
Quem me vem com vastíssimos poderes...

Servo revosso, exalto aos quatro cantos
Da bela senhorinha meus louvores,
Até o pormenor d’estes encantos.

Dai-me, Dona de mim, vossos favores.
Certo de que após tantos entretantos
Somente uma Senhora faz senhores.

Ouro Preto - 29 09 2009

Enviado por	Tópico
visitante	Publicado: 05/12/2015 22:31 Atualizado: 05/12/2015 22:31
	Re: SOBERANA digno de entrar pro rol dos sonetos mais bonitos... Soberana' vai para meus favoritos! Abraços k

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Tópico

visitante

Publicado: 05/12/2015 22:31 Atualizado: 05/12/2015 22:31

Re: SOBERANA

*digno de entrar pro rol dos sonetos mais bonitos...
Soberana' vai para meus favoritos!
Abraços
k*

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Tópico

RicardoC

Publicado: 05/12/2015 23:27 Atualizado: 05/12/2015 23:28

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Re: SOBERANA

Bom que apreciasse, cara karinna *.

Eu tinha um sorriso nos lábios quando escrevi esse! Acho que consegui transmitir algo da alegria e encantamento de então.

É isso.

Abraços, RicardoC.

Enviado por	Tópico
Betha Mendonça	Publicado: 07/12/2015 03:52 Atualizado: 07/12/2015 03:52
Colaborador Usuário desde: 30/06/2009 Localidade: Mensagens: 6700	Re: SOBERANA Algo de Gonçalves Dias, em Ainda uma vez, adeus. Mui belo e bem escrito! :)

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Tópico

Betha Mendonça

Publicado: 07/12/2015 03:52 Atualizado: 07/12/2015 03:52

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Re: SOBERANA

Algo de Gonçalves Dias, em Ainda uma vez, adeus.
Mui belo e bem escrito!

:)

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Tópico

RicardoC

Publicado: 07/12/2015 13:45 Atualizado: 07/12/2015 13:45

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Re: SOBERANA

Quanta honra, Betha, ter algo de Gonçalves Dias nesse soneto! Escrevi-o tentando dar uma roupagem moderna ao fraseado das cantigas trovadorescas, que me obcecavam então.

De qualquer forma, muito romântica essa ideia de se entregar a ponto de servir em nome do amor e do encantamento que a mulher suscita. Decerto, vivia algo assim em 2009, nas brumas de Ouro Preto...

Hoje, infelizmente talvez, estou mais para aquele outro poema icônico dele, isto é, o "Se se morre de amor"...

Exagero! Mas que acaba mal, ah, isso acaba.

Obrigado pela leitura atenta e sensível, caríssima.

Abraços, Ricardo Cunha.

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