Poemas : 

humana confusão.

 


O poder espiritual, deturpado, nos faz ter por certo o que é errado. A visão da alma e a visão do corpo devem coincidir e, se a alma vive errada, o corpo há de a seguir.

O mestre, já não está entre nós. Nós o matámos e continuamos matando em cada dia que passa. Mas, está César, tal como era no tempo de Jesus: a mesma corte; os mesmos senadores; os mesmos soldados; o mesmo povo e os mesmos escravos. Somos, ainda, aqueles Senhores e aqueles escravos de Roma. E, quando um escravo quebra os grilhões da ínfima condição e consegue alçar-se a poderosa altura, olhai-o, agora: é César! É o "divino" César, a indigna criatura.

Cristo, para nós, jamais conseguiu igualar-se a César! Ninguém o afirma dizendo, mas, todos o comprovam fazendo.

Claro que o autor deste texto não é diferente. É César, como tu, naturalmente! E fui eu, tu, nós, que matámos o cordeiro humilde e manso! E Ele, morreu para nos salvar. Para salvar os Césares! Por isso é que a Roma de Cristo é difícil de entender...e, de entendê-la, desisto.

As múltiplas e submúltiplas seitas que, em seu nome, cada vez mais se dividem e subdividem, são a prova da verdade, da triste verdade.
Ele o disse: "Dai a César o que é de César!" E, nós, que sempre fomos da confusão, demos tudo a César e...Cristo, ficou na mão!

De onde escrevo, vejo a pouca distância, um cavalo pastando. Que saberá ele da humana confusão? Ninguém sabe! Mas, perdão, o cavalo é égua! Confundi, pensei...

Como vêem, a confusão, é uma constante em nossas vidas! Vivemos iludidos pela aparência e pela distância.

Perdoai-nos, Senhor, tanta ignorância!!


J.Barreto.

 
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karolis.br@sapo.pt
 
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