Ó Morte, calada testemunha do meu pranto,
retrato agreste, (como a noite), antigo,
por ti anseio, deliro, espero tanto,
como por mim, o coração daquele amigo!
E porque me amará Ele e eu não? ...
Porque amo Eu quem não me ama?
Vá lá mandar nas decisões do coração
que não aceita quem não chama!
E porque chama Ele quem não temos?!
Que desgosto me atravessa o pensamento
que afinal só temos quem não queremos!
Nestes versos procuro encontrar o que rime com amor,
a palavra que não rima mas o expressa é sofrimento,
porque a palavra que rima e o define é a dor!
Richard Mary Bay
"o Último Romântico"