Luso-Poemas
 
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Paisagens do que sinto.

 
Em minha querida e desvairada Sampa faço paisagens do que sinto, vou ao Viaduto do Chá e fico imaginando o vale do Anhangabaú despojado de prédios e viadutos deixando cantar seu riacho encoberto de asfalto e suas matas ainda virgens de mim e de todos os paulistanos.Vou encontrar com o impossível, antes que a boca da noite engula esta tarde e me conduza para o incógnito final do dia, voar sobre o rebanho de nuvens que cobre meu céu de inverno e lá de cima no privilegiado ponto de observação dos céus, ver os homens diminutos como formigas destruindo nosso planeta azul.Volto desta viagem insana, para, recolher meu lixo, economizar água e cuidar da minha terra que é a parte que me cabe como protagonista da vida.Regresso ao apartamento que apequena meus horizontes.E sonho um sonho solitário como a flor do único vaso da minha vizinha aposentada, que a noite sou capaz de refazer a destruição do dia e manter nosso planeta azul nele minha cidade cinza.
Que meu abraço encontre o seu sorriso.
Carlos Said

 
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Carlos Said
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Enviado por Tópico
Paloma Stella
Publicado: 14/03/2008 01:50  Atualizado: 14/03/2008 01:50
Colaborador
Usuário desde: 23/07/2006
Localidade: Barueri - SP
Mensagens: 3514
 Re: Paisagens do que sinto.
Essas paisagens já fizeram parte de meu cotidiano, fazem de vez em quando agora... e logo voltarão a fazer com mais frequencia.

Nosso céu cinza que me traz saudades.

Beijinhos

Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 14/03/2008 02:13  Atualizado: 14/03/2008 02:13
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: Paisagens do que sinto.
que tua flor solitária sempre floresça e oxigene o seu entorno nos dando um pouco do teu ar. logo, logo trocarei a paisagem árida do meu sertão pela paisagem cinza de tua Sampa.

abraço carinhoso

Maria

Enviado por Tópico
Paula Baggio
Publicado: 15/03/2008 03:21  Atualizado: 15/03/2008 03:21
Da casa!
Usuário desde: 20/10/2007
Localidade: Franca - SP
Mensagens: 213
 Re: Paisagens do que sinto.
Saudades da velha Sampa...olhos primeiros na Estação da Luz, onde, depois de 12 horas, chegava finalmente. Vestido bordado e sapato de verniz: o café da manhã na elegância discreta do restaurante da Estação. Ah...aquele lustre, lembra? Passear pelo Viaduto do Chá, ser mais uma formiguinha na Rua Direita, ir ao Cinerama, almoçar no Almanara... Que pena...cresci com a cidade e me devastei, como ela! Abraços e parabéns pelo seu texto tão tocante. Paula

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