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Naufraga

 
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Sinto-me a navegar
Nas marés do teu pensamento,
Águas calmas em que me amas
Vagas enormes em que me afogas.

Não seca esse oceano
De praias desertas e distantes
Onde eu, naufraga de carinho,
Sou levada pelo vento
Para outras correntes
Para outro caminho.

E tu
Continuas sozinho.


 
Autor
MariaSousa
 
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Enviado por Tópico
Ledalge
Publicado: 16/03/2008 22:29  Atualizado: 16/03/2008 22:29
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 Re: Naufraga
Maria, tua escrita tem a leveza da brisa e a competência dos grandes poetas. Vir aqui é uma referência de aprendizado e um compromisso certo. Parabéns! Beijos, Núria.


Enviado por Tópico
rosamaria
Publicado: 16/03/2008 22:58  Atualizado: 16/03/2008 22:58
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 Re: Naufraga
Olá Maria

"Naufraga de carinho" " e tu continuas sozinho", e pelo meios as ondas do desencontro!
lindo
jinhos
Rosamaria

Enviado por Tópico
Carlos Ricardo
Publicado: 17/03/2008 00:06  Atualizado: 17/03/2008 00:06
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 Re: Naufraga
Maria,

o teu poema mostra como a simplicidade pode ser desconcertantemente bela (bela é o mais possível significativa!). Seja na ordem do significado, seja na ordem do sentido, falar do próprio naufrágio é como ter descido aos infernos. Quem sobreviveu sabe o que é a solidão e está em condições de saber como é belo(belo é o mais possível significativo!)o amor.
Beijo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/03/2008 01:36  Atualizado: 17/03/2008 01:36
 Re: Naufraga
Um poema muito bem realizado, onde se sente o amor em perigo nessas vagas traiçoeiras.
Nunca naufrague amiga, os naufagios trazem a desgraça e a morte.

Que esse mar alterado calmo fique e nele então possa navegar nele com fimerza e total segurança.

Adorei lendo nas entrelinhas que as mares amorosas andam em mare baixa aproximando-se das mares mortas.

Um abraço amigo