Quando tudo para
Soa uma voz suave e rara
Quando o movimento do dia pausa
Ha uma voz que me atrai sem causa
Quando o ruido das máquinas cessa
Dando lugar a um profundo silêncio
Quando ao meio dia
Refresco me naquela árvore sombria
Ha uma voz que se espalha no ar
Cantando melodias sem par
Tão melódica que me rouba tempo de trabalhar
É a Natureza falando das suas riquezas
Exibindo suas invejáveis belezas
É a melódica orquestra dos pássaros
Afinada nos ramos das frondosas árvores
O alarme emitido pelas cigarras
É o assobio das arreias no deserto
O ecoar das águas nas montanhas
Essa é a voz que se manifesta com vento
Trazendo consigo um advento dizendo:
Ainda que tentes estorquir as minha riquezas
Eu, permanesso na minha firmeza
Sirvindo te ainda com gentileza
Ainda que digas: com meu serrote na mão
Nao me descanço até ver a última árvore caida no chão
Apenas digo: Com minhas arreias foste formado
É lá onde o destino te tem agurdado!
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