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DOIS LADOS DE DOIS CORPOS SEM DONOS

 
Era só uma coisa, sei lá se era!
Falando,
Cantando,
Com a outra coisa, que era a outra.

Mãos? Sei que eram duas, ora quatro,
Suadas,
Amadas,
Esfregando a direita na trêmula esquerda.

Também bocas, eram duas, ora uma,
Beijadas,
Desejadas.
Ao se beijarem, sangravam as almas, se dividiam.

Eram dois: um noite e outro dia, sempre indo,
Desencontrados,
Ligados.
Dois ventos: um liso, outro arisco.

Eram dois: um consciente, outro querendo,
Nascendo,
Compondo.
Um poesia e melodia, outro vida e letra .

Eram altos: um montanha, o outro um sonho,
Revelado,
Pintado.
Dois sem donos: um era linha, o outro caderno.

Um era tenda o outro era fé
Era uma só coisa em duas
Que falavam sós, uma da outra,
Eram dois corpos sem donos!


José Veríssimo

 
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veríssimo
 
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Enviado por Tópico
verasalviano
Publicado: 09/04/2018 07:19  Atualizado: 09/04/2018 07:19
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Usuário desde: 16/08/2017
Localidade: Minas/Brasil
Mensagens: 627
 Re: DOIS LADOS DE DOIS CORPOS SEM DONOS
Dois corpos sem dono...
Dois lados...
Um linha.
Outro caderno.
Um noite e outro dia.
Em meio a tanto desencontro, não estaria um lado a se esquivar por medo de amar?
Ou algum dos lados insustia em outro lado buscar?
Quisera um lado ao lado de outro estar,
Muito poderia o viável fazer para um sonho acontecer!
Talvez um lado fosse espera. O outro nunca chegada.
E um desejo comum que so precisava, ou sei la, precisa de um ponto de convergência. E com minha certa anuência o que trava os lábios e não termina um verso, nada mais seja que a força de um beijo. Sonhado e não dado...
Abraço
Eu...