Poemas : 

Cinto e suspensórios

 
Nunca devo, nunca devo
ao Medo dar alçada,

e de carta na manga,
(ainda que raramente vá a jogo)
transcrevo a morte idosa do seguro.

As calças do fim
caem depois.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

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Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/11/2019 16:27  Atualizado: 18/11/2019 19:12
 Re: Cinto e suspensórios
.
A Coragem vale a pena, mesmo que se apresente em roupa interior, a gaguejar ou a tremer...