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Sinais

 
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Sinais

Estenda o teu olhar pela
paisagem morta,
sobre sonhos de planícies
e seus contornos.

Mesmo se tiver sorte você não
verá o mar,
apenas sentira o vento que balança
a relva e abre tantas portas. Com
um sopro morno o rastro
de seu corpo não importa,
mas sim o vento, este que roça teu rosto bem devagar.

Estenda o teu pensar para ver se
recorda das esplendidas
linhas tortas de um poema
ou de um sentir que não tem mais volta,
a alegria que eriçava a tua alma pequena.

Deixe que teu pensar de piruetas no ar
e talvez se lembre da mão
que a confortava tocando no violão
uma música lenta com uma voz rouca que
cantava a canção, apenas por cantar.

Entenda que todo este teu sentir
já não suporta
a dor da indiferença que como
uma faca a penetra
com a rudeza de o seu sibilar

São sinais incandescentes
que saltam pelo chão
a se apagar
e do som retumbante deste coração que
não sabe mais o que é amar

Alexandre Montalvan



 
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montalvan
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