Poemas : 

Desencontros marcados

 
Na fina teia da impossibilidade,
filó tecido de angústia e perda,
caminham meus pés
alheios à razão sonora
que imprime em tudo
o despertar.

Minhas mãos
( folhas alvas onde
escrevo os teus dias )
dementes, se quedam;
cegas, se calam;
mudas, adormecem.

Um drama gigante
firmado,
acordos cor de fel
não revogados,
somos.

Eu fito a perene
desarmonia
de saber-me
seta imóvel
à espera do alvo.

 
Autor
Amora
Autor
 
Texto
Data
Leituras
923
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
5 pontos
5
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 15/04/2008 14:23  Atualizado: 15/04/2008 14:23
Membro de honra
Usuário desde: 29/01/2008
Localidade: Maringá-
Mensagens: 1910
 Re: Desencontros marcados
Amora,

Quando eu leio seus versos
minh'alma quase que chora...
São muitas emoções...
Parabéns pelo poema!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/04/2008 22:18  Atualizado: 15/04/2008 22:18
 Re: Desencontros marcados
Escrita belíssima, parabéns Amora.

Parece só faltar ser Famenguista..rsr