Poemas : 

MEUS TEMPOS DE UNIVERSIDADE RURAL

 
Lá somos um corpo só ,
Evoluímos ao som da vitrola mágica ,
Ao sabor da erva de sonho mestiço.
Foi lá que a loucura ganhou a companhia
E o apoio do vagabundo filósofo ,
Lá tinha festa em cada amigo que chegava,
Em cada dia banhado de sol,
Em cada noite colorida pelas tempestades ,
Lá o cio era humano e vital,
Ao casto sentido.
Lá se falava de coisas que não faziam o menor sentido ,
Lá o homossexual era um cigano de múltiplas canções ,
Que se perdiam nos dejetos do boi zebu.
Lá o vento de hálito suave,
Soprava pra mim.
Lá até de sonhos se vivia.
Lá fui cozinheiro, jardineiro, médico de burro
E tantas...mas tantas coisas,
Que dá até para acreditar
Ser o homem uma verdade infindável!
Lá até os prisioneiros de si mesmo,
Gozavam de liberdade condicional.
Lá o tempo não era nunca o futuro de ninguém .
Lá o mestiço não era um homem colorido.
Lá vez por outra,
Se postergava o panteão ,
A Lúcifer e seus camaradas
Lá se vislumbrava na amante
De ébrias madrugadas,
A mulher a tanto sonhada.
Lá a indecência maior,
Era ser só de você ,
Não importando os motivos.
Lá não fugia a regra,
Acordar o dia ,
Com uma lua deste tamanho!

 
Autor
Frederico Rego Jr
 
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