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Vi a madrugada arder em febre,
queimando as entranhas da rua;
a noite golfando magma amargo
despertando de sopetão o sonho,
ou o pesadelo do livro incompleto...
Emaranhado de sentires, a dor
entre os vincos da pele; torpor...
No âmago, pedras encandescentes
calçando trajetórias irrelevantes;
pés descalços pisando as brasas
num chão de horizontes incertos...
Seria infernal se a confiança da
certeza de Deus não prevalecesse
num céu mais que verdadeiro...