Poemas : 

Sem massacrar o limbo

 
Há um tempo incoerente
Onde as palavras se agregam,

Tanta coisa que não se oculta
Como um livro que se lê
E se aprende sem repetição.

Um rio que parou num céu nublado
Vencendo por cansaço a paisagem com verdades,
Um rio cercado de inconformismo
Em rituais de tempo seco.

Um rio
Que sonha em acordar o dia,
Que dorme e se repete
Cansando os peixes.

Um rio que embala
O que de bom lhe restou
Agradecendo ao que o tempo lhes trouxe
Sem massacrar o limbo.

Um rio por onde os antepassados
Se perderam em rituais de deuses sem tempo
Se banhando por Rá e Hórus
Sem procriar mostrengos demoníacos

Num rio fecundo de palavras de amor
Enraizado por bonsais
De amizade.

 
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