quando a noite chega
e as sombras dançam
pelos cantos da casa,
eu acendo a lareira
dos teus olhos nos meus
ainda em brasa.
quando as sombras dançam
no meu corpo sem asa,
Eu acendo a clareira
do branco da fuga
pelo rasto da viagem.
quando as sombras negras
carregam na esperança
eu desenho o teu corpo
voando ao serão
colado ao meu
em borboletas de amor
num sol canicular
derretendo as mágoas.
no meu rosto em traçado
desenhado à mão
pelo teu toque cicioso
tatuado a carvão.