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Um ser esquisito

 
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Um ser esquisito

Contou-me o compadre Benedito
Que encontrou um ser esquisito
Na mesa de um bar do interior
E beberam naquela noite inteira
Diziam somente alguma asneira
Mas sem provocar muito terror

Mas quando foi de madrugada
Com a sua cabeça encharcada
O seu companheiro assim falou
Você não sabe quem sou eu
Eu vim da escuridão, vim do breu
E assim a sua história começou

Eu já fui um anjo sem juízo
E Deus me expulsou do paraíso
Pois nele eu queria mandar
E agora existe o bem e o mal
Não havendo um fulano de tal
Que isso, um dia, possa mudar

Mas saiba meu amigo Benedito
Que este mundo está aflito
E quase nada por aqui melhorou
A traição por aqui ainda continua
Uns vivem em mansão, outros na rua
Então acho que este Deus fracassou.

jmd/Maringá, 26.11.21


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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