Desânimo
Por este mundo eu passo despercebido
Talvez por nunca encontrar o meu norte
Sou irmão do sonho e quase emudecido
Carrego uma cruz tão pesada, por sorte
Às vezes corro, mas não chego à raia
O meu destino é cruel, triste e forte
Nado, nado, mas sempre morro na praia
Penso que melhor talvez fosse a morte
Ando pelas ruas, mas ninguém me vê
Sofro de um mal, mas não sei o que
Há dias que choro sem ter motivos
Talvez eu não seja alguém de verdade
Que vive livre, mas não tem liberdade
Estou excluído entre os seres vivos.
jmd/Maringá, 08.01.10
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