Luso-Poemas
 
Poemas : 

Outro apólogo da Limonada

 
Deram ao limão uma lima,

dum gomo ela vinha,
videira sem parra

e o que o limão fez, foi quase desdém...
um outro pecado original.

Quem muito desdenha
a compra quer,
nem sabe como.

Mas, para o fim, não chegava a chuva.

A lima, áspera, sem raspa,
puxou das divisas e com a palavra mui doce

trouxe
a limonada.

Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
794
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
21 pontos
1
2
2
Recentes
sobre casas feitas a partir do telhado
Deixa
Frases no negatoscópio
Tutear
geocentrismos
Aleatórios
Quadrilha Aguarela
sobre a água sobre o azeite
tamanho
Refrão
Tá mandando "beijim" pro Leminski
Favoritos
a faceta do tempo ou da humanidade
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Esqueci
Publicado: 09/05/2022 21:34  Atualizado: 09/05/2022 21:34
Membro de honra
Usuário desde: 02/11/2019
Localidade:
Mensagens: 585
 Re: Outro apólogo da Limonada
Que refresco está por aqui, sempre com muita imaginação.
Venho também agradecer o soneto.

Abraço

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre