Poemas : 

vaidade

 
A rã coaxa aos ventos lá do fundo
e do alto de uma pedra se excita
pensa em várias rotações ao mundo
mas do charco à façanha só faz fita.


A rã coaxa alto, se lustra e incha
e vibra à sua roda para que a fitem
mas como ninguém nota, vai e pincha
remexe as ancas, e até faz tem tem

E como nada há que lhe dê glória,
enche o peito de sandice e a sorrir
salta p'ra lama coaxando vitória
cuidando que todos vão aplaudir.


A rã coaxa pedante e quer mais
uma ovação louca para se ufanar.
Ela não vê que é uma entre as demais
que foram ao sapal para coaxar.

Leia mais: https://ww

 
Autor
RoqueSilveira
 
Texto
Data
Leituras
374
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.