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Quem assina a queixa?

 
Em noites como essa, inerte nos meus pensamentos eu costumo correr para cá, qualquer papel ou brecha que me caiba, que a minha expressão dura ou não, fique e se acomode, como um cãozinho no frio que achou um cobertor.
Eu geralmente grito na racionalidade, mas no coração eu só sei escrever. Meus olhos agora marejados, escaldam minha pálpebra que arde. Por que choras? Eu pergunto, e só a saudade responde.
Ela reivindica o calor dos seus braços e sua respiração, exige uma reposição da ausência dos seus braços nos meus, e requer a imediata retomada do prazer que emana dos nossos corpos.
Ela demanda e se faz cachoeira no meu coração. Coração inquieto, sagaz, fugaz e hoje, emotivo.

Revisito as queixas da saudade e peço prorrogação, uma circular de paciência é enviada.

Amanhã eu espero, que as queixas não se acumulem, que seus beijos às zerem, que suas mãos encontrem as minhas e que andemos mais uma vez juntas. Que a nutrição continue e que breve meu coração se acalme ouvindo o seu. - Oi, cheguei, desculpe o atraso.

 
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Madam'pen
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